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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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ços mais importantes ou os fatores primários básicos que<br />

têm conseqüências imediatas, e então busca as conseqüências<br />

secundárias ou "sistêmicas" <strong>de</strong>stes fatores básicos<br />

subjacentes. A ce<strong>na</strong> como um todo só se tor<strong>na</strong> clara<br />

<strong>de</strong>pois que estes fatores básicos e suas conseqüências foram<br />

i<strong>de</strong>ntificados. O objetivo da observação é, portanto,<br />

estabelecer uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações importantes. Quando<br />

bem-feita, a observação cumpre o objetivo clássico <strong>de</strong> explicar<br />

os fatos, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista o objetivo romântico <strong>de</strong><br />

preservar a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> riquezas do objeto.<br />

Tenho tentado preservar o espírito da análise clínica<br />

no uso <strong>de</strong> instrumentos auxiliares <strong>de</strong> laboratório, como<br />

um caminho <strong>de</strong> avanço científico significativo. Em muito<br />

<strong>de</strong>ste trabalho, minha abordagem tem sido tão clássica<br />

quanto romântica. Mas, <strong>de</strong> tempos em tempos ao longo <strong>de</strong><br />

minha vida, tenho tido oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar vazão a meus<br />

interesses <strong>de</strong> maneira mais puramente romântica.<br />

Minhas tentativas <strong>de</strong> reviver as tradições da ciência<br />

romântica resultaram em dois livros, A Mente <strong>de</strong> um Mnemonista<br />

(1968) e O Homem do Mundo Fragmentado (1972).<br />

Em ambos os trabalhos tentei seguir os passos <strong>de</strong> Walter<br />

Pater em seus Retratos Imaginários, escrito em 1887, a<br />

não ser pelo fato <strong>de</strong> que meus livros foram retratos não<br />

imagi<strong>na</strong>dos. Em ambos os livros <strong>de</strong>screvi um indivíduo e<br />

as leis <strong>de</strong> sua vida mental. Sendo quase impossível escrever<br />

uma <strong>de</strong>scrição a<strong>na</strong>lítica da perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguém<br />

escolhido aleatoriamente <strong>de</strong> uma multidão, <strong>de</strong>cidi escrever<br />

a respeito <strong>de</strong> dois homens, cada um dos quais tinha uma<br />

característica que assumia um papel domi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção<br />

<strong>de</strong> sua perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> e o diferenciava <strong>de</strong> todas as<br />

<strong>de</strong>mais pessoas. Em cada um dos casos, tentei estudar os<br />

traços básicos <strong>de</strong> cada indivíduo tão cuidadosamente<br />

quanto possível, e <strong>de</strong>sses traços <strong>de</strong>duzir as outras características<br />

da perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>. Em outras palavras, tentei fazer<br />

uma "análise <strong>de</strong> fatores" a respeito <strong>de</strong> meus sujeitos.<br />

O primeiro livro no qual utilizei esta abordagem foi A<br />

Mente <strong>de</strong> um Mnemonista. S. V. Sherashevsky, o famoso<br />

mnemónico que foi o herói <strong>de</strong>ste livro, tinha uma memória<br />

excepcio<strong>na</strong>l que domi<strong>na</strong>va sua perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>. No entanto,<br />

o objeto <strong>de</strong> meu livro não foi sua memória em si mesma,<br />

mas sim sua influência sobre sua perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>.<br />

A memória <strong>de</strong> Sherashevsky era <strong>de</strong> um tipo complexo,<br />

eidético-sinestético. Facilmente convertia qualquer percepção,<br />

mesmo palavras percebidas acusticamente, em ima-<br />

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