Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
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tímulos. Mas se levássemos em conta o componente motor,<br />
que mostrava como o movimento voluntário <strong>de</strong> apertar<br />
um bulbo era abalado pela emoção criada por um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<br />
estímulo, podíamos distinguir com segurança as palavras<br />
críticas para aquele sujeito.<br />
Então <strong>de</strong>cidimos tentar usar esta técnica para <strong>de</strong>scobrir<br />
os "complexos ocultos" <strong>de</strong> pessoas. O fenômeno que tínhamos<br />
em mente era aquele pelo qual se interessavam<br />
Freud e a escola psica<strong>na</strong>lítica: experiências carregadas <strong>de</strong><br />
emoção, situadas muito além dos limites da experiência<br />
em si, que motivam e guiam o comportamento das pessoas.<br />
Começamos por <strong>de</strong>senvolver um mo<strong>de</strong>lo do problema<br />
em laboratório, <strong>de</strong> acordo com o que, imaginávamos, ocorria<br />
<strong>na</strong> vida real. Para isto, precisávamos distinguir confiavelmente<br />
entre respostas a estímulos críticos ou neutros.<br />
Nosso mo<strong>de</strong>lo experimental funcio<strong>na</strong>va como exposto<br />
a seguir. Meu assistente criava uma estória que era contada<br />
a diversos sujeitos. Uma das estórias, por exemplo, era<br />
sobre um ladrão que arrombava a janela <strong>de</strong> uma igreja e<br />
roubava um can<strong>de</strong>labro <strong>de</strong> ouro, um ícone e um crucifixo.<br />
Os sujeitos eram instruídos a lembrarem-se da estória,<br />
mas não falarem sobre ela. Então, pedíamos a estes e a<br />
outros sujeitos que não haviam ouvido a estória que participassem<br />
<strong>de</strong> um experimento, em que respon<strong>de</strong>riam a uma<br />
lista <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> setenta palavras - <strong>de</strong>z das quais eram críticas<br />
em relação à estória - apertando um bulbo com a<br />
mão direita durante as associações livres. Minha tarefa era<br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r, a partir dos registros combi<strong>na</strong>dos das respostas<br />
motoras e verbais, quais eram as palavras críticas,<br />
quem conhecia e quem não conhecia a estória, e que estória<br />
era essa. Esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> laboratório funcionou bem.<br />
No <strong>de</strong>correr do tempo, a aplicação mais extensiva <strong>de</strong>sta<br />
técnica fora <strong>de</strong> nosso laboratório se <strong>de</strong>u ligada ao sistema<br />
<strong>de</strong> justiça crimi<strong>na</strong>l.<br />
Em princípio, os psicólogos interessados no estudo<br />
das emoções sempre buscaram maneiras <strong>de</strong> produzir estados<br />
emocio<strong>na</strong>is com duração e estabilida<strong>de</strong> suficientes<br />
para serem estudados. Muitas das tentativas anteriores ao<br />
nosso estudo, no entanto, não haviam obtido sucesso. Via<br />
<strong>de</strong> regra, estados emocio<strong>na</strong>is agudos, como medo ou repugnância,<br />
eram evocados artificialmente no laboratório,<br />
disparando-se <strong>de</strong> surpresa um revólver atrás do sujeito, ou<br />
apresentando fezes perante seu <strong>na</strong>riz. Estes métodos tinham<br />
dois inconvenientes. Em primeiro lugar, a emoção<br />
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