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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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tipo especial, que não estão ligadas nem ao genitivo <strong>de</strong><br />

partes nem à comunicação <strong>de</strong> eventos.<br />

Os dois anos em que estu<strong>de</strong>i lingüística, no começo<br />

<strong>de</strong> minha carreira, me foram muito úteis quando comecei<br />

a lidar seriamente com o problema da afasia semântica,<br />

porque eu já tinha um entendimento mais completo das<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho mental que eram exigidas por<br />

atos lingüísticos aparentemente semelhantes. Eu me encontrava<br />

assim numa posição relativamente privilegiada<br />

que me permitia realizar um diagnóstico diferencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos<br />

sintomas patológicos que anteriormente haviam<br />

sido confundidos <strong>na</strong> literatura neurológica. Como<br />

meu trabalho continuava me envolvendo com tentativas <strong>de</strong><br />

enten<strong>de</strong>r a base cerebral do comportamento ligado à linguagem,<br />

senti a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar estudando a<br />

psicologia da linguagem ao mesmo tempo em que investigava<br />

suas bases neurológicas. E <strong>na</strong> mesma medida em que<br />

os avanços da neurologia e da neurofisiologia contribuíam<br />

para nossos estudos dos mecanismos cerebrais, os avanços<br />

dos estudos <strong>de</strong> lingüística foram cruciais para melhorar<br />

nosso entendimento daqueles fenômenos da fala que a<br />

<strong>de</strong>ficiência cerebral afetava; as duas empreitadas estão inseparavelmente<br />

ligadas. Amiú<strong>de</strong>, voltava minha atenção<br />

para velhos dados, imbuído <strong>de</strong> novas idéias, proporcio<strong>na</strong>das<br />

pelos avanços da lingüística.<br />

Uma das distinções que apareceu <strong>na</strong> lingüística com<br />

o trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong> Saussure <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 20, e que usei extensivamente<br />

<strong>na</strong> década <strong>de</strong> 40 como resultado do trabalho<br />

<strong>de</strong> Roman Jakobson, foi a diferença entre o aspecto "paradigmático"<br />

da linguagem, que se refere à inserção das palavras<br />

e das coisas que elas <strong>de</strong>notam em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das categorias,<br />

capacitando as pessoas a fazerem comparações e<br />

generalizações, e o aspecto "sintagmático", que capacita as<br />

pessoas a combi<strong>na</strong>rem as palavras <strong>de</strong> modo a formar expressões<br />

coerentes. A função paradigmática da fala permite<br />

que os códigos da linguagem sejam utilizados para separar<br />

aspectos importantes do ambiente, e também possibilita<br />

que consi<strong>de</strong>remos toda uma categoria <strong>de</strong> aspectos<br />

num só momento, que é o que fazemos quando utilizamos<br />

categorias. A função paradigmática da fala está intimamente<br />

relacio<strong>na</strong>da com as motivações básicas que direcio<strong>na</strong>m<br />

a ativida<strong>de</strong>. Liga nossas intenções aos nossos pensamentos.<br />

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