Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Este resultado nos levou a consi<strong>de</strong>rar a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> que o programa <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento do grupo <strong>de</strong> construção<br />
a partir <strong>de</strong> elementos só havia exercitado a percepção elementar<br />
das crianças, <strong>de</strong> modo que tinham dificulda<strong>de</strong> em<br />
aplicar essa capacida<strong>de</strong> perceptual a problemas mais complexos.<br />
Quando testamos a capacida<strong>de</strong> dos dois grupos <strong>de</strong><br />
crianças <strong>de</strong> discrimi<strong>na</strong>rem figuras elementares, não encontramos<br />
qualquer diferença entre eles. Também testamos<br />
a capacida<strong>de</strong> das crianças <strong>de</strong> concentrarem-se, pedindo<br />
a elas que estudassem pares <strong>de</strong> blocos, com o objetivo<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r qual <strong>de</strong>les era necessário para completar os<br />
próximos passos <strong>de</strong> uma tarefa. As crianças não apresentaram<br />
qualquer diferença no tempo que levavam para concentrarem-se.<br />
Dessas observações, concluímos que as diferenças <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho no critério tarefa <strong>de</strong> construção não eram resultado<br />
<strong>de</strong> diferenças <strong>na</strong>s capacida<strong>de</strong>s elementares ou <strong>na</strong><br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção. Estavam, <strong>na</strong> verda<strong>de</strong>, ligadas à capacida<strong>de</strong><br />
das crianças <strong>de</strong> a<strong>na</strong>lisarem mo<strong>de</strong>los completos,<br />
obtendo seus elementos, e <strong>de</strong> relacio<strong>na</strong>rem esses elementos<br />
no todo. Testamos ainda essa questão apresentando às<br />
crianças figuras complexas e pedindo que as reproduzissem<br />
<strong>de</strong> memória. As figuras eram feitas <strong>de</strong> blocos com formas<br />
irregulares que, quando colocados juntos, formavam<br />
um todo reconhecível (ver figura). Constatamos que as<br />
crianças trei<strong>na</strong>das no grupo <strong>de</strong> construção a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />
conseguiam reproduzir o aspecto geral das figuras<br />
utilizando os elementos corretos, enquanto as crianças<br />
trei<strong>na</strong>das no grupo <strong>de</strong> construção a partir <strong>de</strong> elementos só<br />
conseguiam reproduzir os elementos individuais da tarefa,<br />
não tendo êxito <strong>na</strong> compreensão do todo.<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> elementos com formas Irregulares<br />
Apresentamos então às crianças aquilo que chamamos<br />
<strong>de</strong> tarefa do favo <strong>de</strong> mel (ver figura). Para realizar esta<br />
tarefa, as crianças tinham que reconhecer que o lado <strong>de</strong><br />
cada diamante que compunha o favo <strong>de</strong> mel era também o<br />
lado do diamante adjacente. Como todas as crianças <strong>de</strong><br />
cinco ou seis anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, os gêmeos com quem estávamos<br />
trabalhando acharam esta tarefa difícil. No entanto,<br />
as crianças do grupo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los construtivos mostraram<br />
que eram capazes <strong>de</strong> criarem regras para reproduzirem o<br />
favo do mel, mesmo cometendo erros, enquanto as crian-<br />
100