Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
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fletiam uma carência <strong>de</strong> introspecção. A lembrança simplesmente<br />
não havia sido mediada pela figura.<br />
Também percebemos que a figura era um esquema<br />
auxiliar <strong>de</strong> lembrança muito eficiente para algumas das<br />
crianças, não por causa <strong>de</strong> qualquer conexão lógica entre<br />
a palavra e a figura, mas pela similarida<strong>de</strong> visual. Usando<br />
a figura como uma pista para a lembrança, tais crianças<br />
não construíam uma conexão lógica, mas tentavam ver a<br />
palavra <strong>na</strong> figura. Uma criança, por exemplo, lembrou-se<br />
da palavra "sol" quando <strong>de</strong>frontada com a figura <strong>de</strong> um<br />
machado. Quando perguntamos como se lembrara da palavra,<br />
a criança apontou uma peque<strong>na</strong> mancha amarela<br />
<strong>na</strong> figura do machado e disse: "Olha o sol aqui". De uma<br />
forma ou <strong>de</strong> outra, prevaleciam os processos <strong>na</strong>turais.<br />
Quando estudamos as características qualitativas das<br />
lembranças <strong>de</strong> crianças mais velhas, constatamos que o<br />
processo <strong>de</strong> reevocação pelo estabelecimento <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong>s<br />
entre a palavra e a figura mudava para a lembrança<br />
através da criação <strong>de</strong> conexões lógicas entre as duas. Nestas<br />
crianças, raramente encontramos uma palavra que havia<br />
sido lembrada <strong>de</strong> maneira direta ou elementar, ou por<br />
meio <strong>de</strong> uma conexão visual com a figura. Lembravam-se<br />
da palavra "sol", por exemplo, usando a figura auxiliar do<br />
machado e criando conexões lógicas como: "Trabalhamos<br />
com o machado e as faíscas brilham ao sol", ou "Um homem<br />
trabalhou corri um machado num dia ensolarado".<br />
Estas observações confirmaram o sucesso <strong>de</strong> nossas<br />
tarefas <strong>na</strong> evocação <strong>de</strong> uma resposta cultural, mediada,<br />
em alguns casos, e a <strong>de</strong> respostas <strong>na</strong>turais e diretas em<br />
outros. Estes resultados forneceram o embasamento do<br />
próximo passo <strong>de</strong> nossa análise, que consistia em tentar<br />
<strong>de</strong>monstrar que a lembrança <strong>na</strong>tural está mais intimamente<br />
relacio<strong>na</strong>da à constituição genética da criança, enquanto<br />
a forma cultural está mais ligada ao ambiente.<br />
Naqueles momentos racioci<strong>na</strong>mos da seguinte maneira:<br />
O processo <strong>na</strong>tural, geneticamente <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do, <strong>de</strong>ve<br />
ser semelhante em gêmeos idênticos; isto é, a diferença <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> tais gêmeos <strong>de</strong>veria ser peque<strong>na</strong>. Em particular,<br />
<strong>de</strong>veria ser menor que a diferença entre gêmeos<br />
fraternos que compartilhavam <strong>de</strong> um mesmo ambiente,<br />
possuindo uma constituição genética relativamente diversa.<br />
Se chamarmos a diferença <strong>de</strong> pontos em um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<br />
teste <strong>de</strong> D, po<strong>de</strong>mos calcular duas contagens D diferentes:<br />
Di é a diferença <strong>de</strong> pontos entre gêmeos idênticos, e<br />
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