Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
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mais sérios do que os distúrbios <strong>de</strong> operações especializadas.<br />
Suas <strong>de</strong>ficiências estão associadas a uma quebra <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong> produtiva e do pensamento ativo. Ainda que estes<br />
pacientes tenham preservado seus processos mentais<br />
ABAIXO: POR BAIXO<br />
ABAIXO: POR BAIXO<br />
ACIMA: POR CIMA<br />
ACIMA: POR CIMA<br />
praticamente intactos, não conseguem utilizá-los ativamente.<br />
A primeira reclamação que nos era feita por estes pacientes<br />
geralmente estava ligada à fluência <strong>de</strong> seus pensamentos.<br />
Eram características as afirmações como: "Meus<br />
pensamentos não fluem. Minha cabeça está vazia. Quando<br />
tenho que escrever uma carta, não sei nem como começar,<br />
e levo o dia inteiro tentando escrever". Nossas investigações<br />
<strong>de</strong>monstraram que estas queixas estavam baseadas em<br />
distúrbios profundos <strong>na</strong> fluência do pensamento.<br />
Os pacientes que sofrem <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> lesão geralmente<br />
respon<strong>de</strong>m <strong>de</strong> pronto às questões que lhes são feitas, e<br />
não apresentam si<strong>na</strong>is <strong>de</strong> perturbação em seu diálogo ou<br />
em suas respostas à nossa fala durante uma consulta.<br />
Mas apresentavam uma dificulda<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rável se tivessem<br />
que fornecer uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada e lúcida <strong>de</strong><br />
uma figura, ou se tivessem que escrever um ensaio sobre<br />
um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do tema. Nestas condições, os pacientes se<br />
queixam <strong>de</strong> que não têm <strong>na</strong>da a dizer, e têm dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
passar da <strong>de</strong>scrição passiva ao domínio da interpretação.<br />
Parece impossível para estes pacientes a criação <strong>de</strong> um<br />
conceito interno e seu subseqüente <strong>de</strong>senvolvimento através<br />
do raciocínio.<br />
Alguns testes simples <strong>de</strong>monstram bem estas dificulda<strong>de</strong>s.<br />
Por exemplo, pacientes com lesões frontais têm dificulda<strong>de</strong><br />
para produzir uma série <strong>de</strong> associações livres<br />
(gato-cachorro-cavalo-vaca-galinha). Não conseguem formar<br />
pares <strong>de</strong> palavras cujos significados possuem uma conexão<br />
lógica, como juntar vermelho com seu oposto, ou dizer<br />
o oposto <strong>de</strong> "baixo". Não conseguem produzir uma linha<br />
<strong>de</strong> raciocínio completa, em que cada elo implica o outro,<br />
ainda que consigam apresentar a conclusão lógica <strong>de</strong><br />
qualquer argumento que lhes seja apresentado. Em suma,<br />
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