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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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ças russas normalmente não conseguiam seguir as instruções<br />

diretas das mais simples. Se empregássemos nosso<br />

experimento <strong>de</strong> estímulo único, em que as crianças tinham<br />

que apertar ou não um bulbo ao acen<strong>de</strong>r-se uma<br />

única luz, a apresentação das palavras "Quando aparecer<br />

a luz vermelha" fazia as crianças começarem a procurar<br />

pela luz, enquanto a instrução "aperte" evocava uma resposta<br />

motora imediata, e elas apertavam o bulbo. Cada<br />

segmento <strong>de</strong>ssas instruções evocava uma resposta motora<br />

ou orientadora distinta. Na verda<strong>de</strong>, os impulsos motores<br />

<strong>de</strong>scontrolados evocados pela palavra "aperte" freqüentemente<br />

não cessavam até que fosse enunciada a or<strong>de</strong>m<br />

"Pare". Em alguns casos, este segundo comando aumentava<br />

a excitação do sistema motor da criança e ela respondia<br />

mais intensivamente.<br />

Estas crianças <strong>de</strong>ficientes eram completamente incapazes<br />

<strong>de</strong> criar os programas mais complexos <strong>de</strong> comportamento<br />

exigidos pela segunda tarefa, <strong>na</strong> qual a criança tinha<br />

<strong>de</strong> escolher entre respon<strong>de</strong>r ou não. Não conseguiam<br />

mudar da resposta motora negativa para a positiva ou<br />

vice-versa, e continuavam reagindo ao segundo estímulo<br />

da mesma maneira que haviam reagido ao primeiro. Assim,<br />

se a luz vermelha positiva se acen<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

uma luz ver<strong>de</strong> negativa, elas continuariam não respon<strong>de</strong>ndo.<br />

Na situação em que se pedia que trocassem <strong>de</strong> mãos<br />

quando mudasse a luz, continuariam usando a mesma<br />

mão com que tinham começado. As crianças <strong>de</strong>ficientes<br />

mais brandas eram capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r corretamente à<br />

versão mais simples <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> problema. Seus sintomas<br />

às vezes não eram tão claros, e só apareciam <strong>na</strong>s versões<br />

mais complexas da tarefa.<br />

A explicação <strong>de</strong>stes fenômenos numa estrutura conceituai<br />

pavlovia<strong>na</strong> não era tarefa fácil. À primeira vista,<br />

eram aparentes duas possibilida<strong>de</strong>s. Talvez as dificulda<strong>de</strong>s<br />

da criança fossem causadas por um <strong>de</strong>sbalanço entre excitação<br />

e inibição, ou talvez fossem causadas por uma plasticida<strong>de</strong><br />

insuficiente dos processos nervosos. Estas explicações<br />

surgiram ligadas aos conceitos fisiológicos pavlovianos,<br />

mas a terminologia não <strong>de</strong>ve obscurecer as idéias<br />

centrais. Falando <strong>de</strong> um balanço entre os processos <strong>de</strong> excitação<br />

e inibição, os psicofisiologistas se referiam à possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> que o sistema nervoso possuísse uma incli<strong>na</strong>ção<br />

geral, <strong>de</strong> modo que a excitação ou a inibição po<strong>de</strong>riam<br />

ten<strong>de</strong>r a ser domi<strong>na</strong>ntes. Se a inibição fosse domi<strong>na</strong>nte, a<br />

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