08.05.2013 Views

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Supusemos que só os últimos três grupos, que por<br />

participarem <strong>na</strong> economia socialista haviam tido acesso às<br />

novas relações sociais e princípios <strong>de</strong> vida que acompanhavam<br />

a mudança, haviam experimentado as condições<br />

necessárias para a alteração radical da forma e do conteúdo<br />

<strong>de</strong> seu pensamento. Estas mudanças sociais os havia<br />

colocado em contato com a cultura tecnológica, com a escrita<br />

e com outras formas <strong>de</strong> conhecimento. Os dois outros<br />

grupos não haviam sido suficientemente expostos às condições<br />

que consi<strong>de</strong>rávamos necessária para uma mudança<br />

psicológica fundamental. Assim, esperávamos que eles<br />

apresentassem uma predominância daquelas formas <strong>de</strong><br />

pensamento que se origi<strong>na</strong>m <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s guiadas pelas<br />

características físicas <strong>de</strong> objetos familiares. Também esperávamos<br />

constatar que as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />

daqueles que praticavam uma agricultura planejada e coletiva<br />

teriam um impacto sobre seu pensamento. No mais,<br />

supusemos que po<strong>de</strong>ríamos observar as mudanças ocasio<strong>na</strong>das<br />

pelo realinhamento social e econômico, através <strong>de</strong><br />

comparação dos processos mentais <strong>de</strong>sses dois grupos.<br />

Um método a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> pesquisa teria que incluir<br />

algo mais que a simples observação, e os métodos que<br />

adaptamos se aproximaram <strong>de</strong> uma investigação experimental<br />

completa. Mas um estudo como esse encontraria<br />

inevitavelmente uma série <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s. A aplicação <strong>de</strong><br />

minitestes psicológicos seria altamente problemática <strong>na</strong>s<br />

condições <strong>de</strong> campo que esperávamos encontrar. Receávamos<br />

que, se nós, estranhos, propuséssemos problemas insólitos,<br />

que não se relacio<strong>na</strong>ssem às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nossos<br />

entrevistadores, estes ficariam <strong>de</strong>sconfiados ou perplexos.<br />

A administração <strong>de</strong> "testes" isolados, em tais circunstâncias,<br />

po<strong>de</strong>ria fornecer dados que não representassem a<strong>de</strong>quadamente<br />

as capacida<strong>de</strong>s dos indivíduos. Então, como a<br />

maioria daqueles que fazem trabalhos <strong>de</strong> campo, principiamos<br />

por estabelecer um contato amplo com as pessoas<br />

que seriam nossos sujeitos. Tentamos estabelecer relações<br />

<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo que as sessões experimentais parecessem<br />

<strong>na</strong>turais, e nunca ameaçadoras. Tomamos um cuidado<br />

especial para nunca apresentar o material <strong>de</strong> teste <strong>de</strong><br />

maneira ríspida ou <strong>de</strong>spreparada.<br />

Via <strong>de</strong> regra, nossas sessões experimentais começavam<br />

com longas conversas, que às vezes eram travadas <strong>na</strong><br />

atmosfera calma <strong>de</strong> uma casa <strong>de</strong> chá, on<strong>de</strong> os indivíduos<br />

passavam a maior parte <strong>de</strong> seu tempo livre, ou nos acam-<br />

67

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!