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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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pamentos nos campos e pastagens <strong>de</strong> montanha, em volta<br />

do fogo noturno. Essas conversas freqüentemente aconteciam<br />

em grupo. Mesmo quando ape<strong>na</strong>s uma pessoa era<br />

entrevistada, o experimentador formava com outros indivíduos<br />

um grupo <strong>de</strong> duas ou três pessoas, que ouviam atentamente<br />

o indivíduo entrevistado, e às vezes colocavam<br />

respostas ou comentários às suas palavras. A fala muitas<br />

vezes tomava forma <strong>de</strong> uma livre troca <strong>de</strong> opiniões entre os<br />

participantes, e um problema em particular po<strong>de</strong>ria ser resolvido<br />

simultaneamente por dois ou três sujeitos, cada<br />

um colocando uma resposta. Os experimentadores introduziam<br />

gradualmente as tarefas preparadas, que se assemelhavam<br />

aos "enigmas", familiares à população, e assim<br />

se integravam como uma extensão <strong>na</strong>tural da conversação.<br />

Tendo o sujeito proposto uma solução para o problema,<br />

o experimentador conduzia uma conversa "clínica",<br />

para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r como o sujeito havia chegado àquela resposta,<br />

e angariar mais informações sobre seu significado.<br />

A resposta <strong>de</strong> um sujeito levava geralmente a outras questões<br />

e algum <strong>de</strong>bate. Para reduzir a confusão <strong>na</strong> discussão<br />

livre que se seguia, e que geralmente era travada em Uzbek,<br />

o experimentador <strong>de</strong>legava o registro da sessão a um<br />

assistente, que geralmente se sentava próximo ao grupo <strong>de</strong><br />

sujeitos, e cuidava em não atrair excessiva atenção. Tomava<br />

notas ao longo <strong>de</strong> toda a sessão. Mais tar<strong>de</strong>, preparava<br />

uma cópia e processava os dados. Cada peque<strong>na</strong> sessão<br />

rendia meio dia <strong>de</strong>sse laborioso procedimento, mas essa<br />

era a única prática a<strong>de</strong>quada às condições <strong>de</strong> campo.<br />

Também tentamos manter a <strong>na</strong>turalida<strong>de</strong> do conteúdo<br />

das tarefas que apresentamos aos sujeitos. Seria tolo <strong>de</strong><br />

nossa parte apresentar aos sujeitos problemas que eles<br />

consi<strong>de</strong>rassem inúteis. Assim, não utilizamos testes psicométricos<br />

padronizados. Antes, trabalhamos com testes especialmente<br />

<strong>de</strong>senvolvidos nos quais os sujeitos encontravam<br />

significado, e que estavam abertos a várias soluções,<br />

cada uma das quais indicava um aspecto da ativida<strong>de</strong> cognitiva.<br />

Por exemplo, concebemos nossos estudos <strong>de</strong> categorização<br />

<strong>de</strong> maneira que pu<strong>de</strong>ssem ser resolvidos <strong>de</strong> forma<br />

gráfico-funcio<strong>na</strong>l (baseada, por exemplo, no aspecto ou<br />

no funcio<strong>na</strong>mento das coisas) ou <strong>de</strong> forma abstrata e categorizada.<br />

O sujeito, para resolver um problema <strong>de</strong>dutivo,<br />

po<strong>de</strong>ria tanto apelar ao conhecimento que tinha do mundo<br />

quanto, usando os termos da informação que lhes era<br />

dada, transcen<strong>de</strong>r sua experiência e <strong>de</strong>duzir a resposta.<br />

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