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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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<strong>na</strong>turais predomi<strong>na</strong>ssem em todas as crianças, exceto talvez<br />

as mais velhas e intelectualmente sofisticadas.<br />

Na terceira tarefa, pedimos a cada criança que lembrasse<br />

<strong>de</strong> um outro conjunto <strong>de</strong> quinze palavras. Quando<br />

apresentávamos cada palavra à criança, apresentávamos<br />

também uma figura que po<strong>de</strong>ria ser usada como um signo<br />

auxiliar <strong>na</strong> lembrança da palavra. As figuras não estavam<br />

ligadas às palavras <strong>de</strong> maneira óbvia, <strong>de</strong> modo que a<br />

criança tinha que estabelecer laços artificiais entre as<br />

duas para que a figura se tor<strong>na</strong>sse um auxílio eficiente.<br />

Como no segundo estudo, apresentamos repetidamente as<br />

palavras e suas figuras associadas até que a criança se<br />

lembrasse <strong>de</strong> todas as palavras da lista. Então, quando a<br />

criança havia memorizado todas as palavras por esse procedimento,<br />

mostrávamos as figuras uma a uma e pedíamos<br />

à criança que se recordasse da palavra que estava associada<br />

a cada uma <strong>de</strong>las.<br />

Seria difícil constatar qualquer coisa parecida com<br />

uma mudança estrutural no procedimento <strong>de</strong> memória se<br />

tivéssemos consi<strong>de</strong>rado ape<strong>na</strong>s uma análise quantitativa<br />

dos dados. Associados às três tarefas, havia o já conhecido<br />

aumento da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lembranças. Mas a análise<br />

qualitativa revelou alguns fatos importantes.<br />

Percebemos que a estrutura da memória visual <strong>de</strong> figuras<br />

geométricas era tão elementar e <strong>na</strong>tural no grupo<br />

mais velho quanto no mais novo. Quase nenhum <strong>de</strong> nossos<br />

sujeitos utilizou, numa proporção que fosse observável,<br />

processos indiretos ou lógicos para memorizar as figuras<br />

geométricas. Em contraste, a análise qualitativa <strong>de</strong><br />

nossa terceira tarefa, <strong>na</strong> qual cada palavra apresentada à<br />

criança vinha acompanhada <strong>de</strong> uma figura, apresentou resultados<br />

bem diferentes. A maioria das crianças mais novas<br />

relembrava as palavras <strong>de</strong> maneira bem parecida com<br />

como lembravam-se das figuras geométricas da primeira<br />

tarefa ou das palavras apresentadas oralmente <strong>na</strong> segunda<br />

tarefa. Não conseguiam utilizar os estímulos auxiliares<br />

para construir uma conexão lógica entre a figura e a palavra<br />

a ser lembrada. Em muitos casos, a palavra memorizada<br />

era relembrada sem a presença <strong>de</strong> qualquer conexão<br />

entre ela e a figura. A criança não era capaz <strong>de</strong> fornecer<br />

qualquer informação a respeito da conexão entre a palavra<br />

relembrada e a figura que estava sendo vista. Quando<br />

questionávamos estas crianças, geralmente respondiam:<br />

"Simplesmente lembrei". Não penso que estas respostas re-<br />

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