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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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119<br />

Na primeira situação experimental, on<strong>de</strong> só se <strong>de</strong>mandavam<br />

reações motoras, a criança precisava possuir uma relação<br />

balanceada entre os processos excitatórios e inibitórios<br />

do sistema motor e um altor grau <strong>de</strong> plasticida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

mesmo sistema para obter sucesso. Quando só era <strong>de</strong>mandada<br />

uma reação verbal, a plasticida<strong>de</strong> e o balanço<br />

excitação-inibição do sistema motor se faziam irrelevantes.<br />

A reação esperada só seria afetada por distúrbios do nível<br />

superior, no qual é organizado o comportamento verbal. O<br />

último arranjo experimental era claramente mais complexo.<br />

Para lidar a<strong>de</strong>quadamente com aquele problema, a<br />

criança teria <strong>de</strong> estabelecer um sistema funcio<strong>na</strong>l que<br />

coor<strong>de</strong><strong>na</strong>sse os componentes verbal e motor. Se esse sistema<br />

funcio<strong>na</strong>l não se formasse, os componentes verbais e<br />

motores não representariam mais que ações paralelas, e<br />

seria possível que interferissem um com o outro.<br />

Constatamos que as crianças normais <strong>de</strong> dois a dois<br />

anos e meio <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> eram incapazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente<br />

a qualquer uma <strong>de</strong>stas situações experimentais.<br />

A excitação <strong>de</strong> seus impulsos motores era tão generalizada<br />

que elas não conseguiam realizar o programa <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

motora. Também suas reações verbais eram <strong>de</strong>sorganizadas.<br />

Repetiam as palavras "sim, sim" ou "não, não"<br />

<strong>de</strong> forma inercial, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> qual fosse o primeiro estímulo.<br />

E era para elas totalmente impossível combi<strong>na</strong>r as<br />

respostas verbais e motoras. Via <strong>de</strong> regra, estas ações inibiam<br />

uma à outra.<br />

Apresso-me a assi<strong>na</strong>lar que uma criança <strong>de</strong> dois anos<br />

não exibirá um comportamento inercial se suas ações tiverem<br />

significado para ela e forem substanciadas por uma<br />

experiência prévia relevante. Se essa criança esten<strong>de</strong>r a<br />

mão para apanhar uma bala, não continuará com a mão<br />

estendida uma vez que tenha conseguido o que queria.<br />

Mas sob as condições artificiais <strong>de</strong> um laboratório, quando<br />

o apertar <strong>de</strong> um botão e o dizer "sim" não são acompanhados<br />

por uma recompensa imediata e ocorrem em resposta<br />

a uma instrução verbal arbitrária, existe uma certa inércia<br />

dos sistemas motor e verbal.<br />

Quando crianças <strong>de</strong> três a três anos e meio são sujeitos<br />

<strong>de</strong>stes experimentos, a coisa muda <strong>de</strong> figura. Nesta<br />

ida<strong>de</strong>, o sistema motor da criança <strong>na</strong> situação artificial <strong>de</strong><br />

laboratório tor<strong>na</strong>-se mais plástico e per<strong>de</strong> algo <strong>de</strong> sua anti<br />

ga inércia. Também o sistema verbal começa a tor<strong>na</strong>r-se<br />

mais flexível. A criança que respon<strong>de</strong>u "sim" ou "não" aos

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