Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
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grupo ou uma corrente <strong>de</strong> objetos que não refletem qualquer<br />
conceito unificado. Na verda<strong>de</strong>, a estrutura lógica<br />
<strong>de</strong>sses agrupamentos freqüentemente reflete uma família,<br />
<strong>na</strong> qual <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do indivíduo é incluído como "filho" <strong>de</strong><br />
uma figura central, outro como "esposa", e assim por diante.<br />
Esse tipo <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> grupo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tectado<br />
quando os objetos são incorporados a uma situação geral,<br />
<strong>na</strong> qual cada um participa individualmente. Um exemplo<br />
<strong>de</strong> tal agrupamento seria uma "refeição", <strong>na</strong> qual a ca<strong>de</strong>ira<br />
é usada para sentar-se à mesa, uma toalha é usada<br />
para cobrir a mesa, uma faca para cortar o pão, um prato<br />
para colocar o pão, e assim por diante.<br />
Esse modo <strong>de</strong> agrupamento <strong>de</strong> objetos não é baseado<br />
numa palavra que permita o isolamento <strong>de</strong> um atributo<br />
comum, e que <strong>de</strong>note uma categoria que inclua logicamente<br />
todos os objetos. Na verda<strong>de</strong>, o fator <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte da<br />
classificação <strong>de</strong> objetos em complexos situacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>sse<br />
tipo chama-se percepção gráfico-funcio<strong>na</strong>l, ou a lembrança<br />
das relações concretas entre os objetos. Vygotsky constatou<br />
que o agrupamento <strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> acordo com suas relações<br />
<strong>na</strong>s situações reais é típico <strong>de</strong> crianças <strong>na</strong> fase da<br />
pré-escola e da escola elementar.<br />
Quando as crianças atingem a adolescência, não fazem<br />
mais generalizações com base em suas impressões<br />
imediatas. Ao invés, classificam isolando <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos<br />
atributos dos objetos. Cada objeto é colocado a uma <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da<br />
categoria, sendo relacio<strong>na</strong>do a um conceito abstrato.<br />
Depois <strong>de</strong> estabelecerem um sistema para incluírem diversos<br />
objetos numa mesma categoria, os adolescentes <strong>de</strong>senvolvem<br />
um esquema hierárquico conceituai, que expressa<br />
graus cada vez maiores <strong>de</strong> "semelhança". Por exemplo,<br />
uma rosa é um flor, a flor é uma planta, a planta é<br />
parte do mundo orgânico. Uma vez efetuada a transição<br />
para esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensamento, a pessoa passa a<br />
enfocar primordialmente as relações "categóricas" entre os<br />
objetos, e não a maneira concreta pela qual eles interagem<br />
em situações reais.<br />
E fácil compreen<strong>de</strong>r que as leis que gover<strong>na</strong>m esse<br />
tipo <strong>de</strong> pensamento taxonômico diferem inteiramente do<br />
processo que ocorre quando uma pessoa faz generalizações<br />
com base <strong>na</strong> experiência concreta. O pensamento categórico<br />
não é ape<strong>na</strong>s um reflexo da experiência individual, mas<br />
é uma experiência coletiva que a socieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> veicular<br />
através <strong>de</strong> seu sistema lingüístico. Esse uso <strong>de</strong> critérios<br />
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