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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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sociais amplos transforma o processo <strong>de</strong> pensamento gráfico-funcio<strong>na</strong>l<br />

num esquema <strong>de</strong> operações lógicas e semânticas,<br />

<strong>na</strong>s quais as palavras tor<strong>na</strong>m-se a principal ferramenta<br />

<strong>de</strong> abstração e generalização.<br />

Já que toda ativida<strong>de</strong> se enraíza em operações gráficas,<br />

práticas, passamos a acreditar que o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> um pensamento taxonômico e conceituai se apoiaria<br />

<strong>na</strong>s operações teóricas que a criança apren<strong>de</strong> a efetuar <strong>na</strong><br />

escola. Se o <strong>de</strong>senvolvimento do pensamento taxonômico<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>sse da educação formal, esperaríamos encontrar<br />

formas taxonômicas <strong>de</strong> abstração e generalização só <strong>na</strong>queles<br />

indivíduos adultos que haviam sido expostos a algum<br />

tipo <strong>de</strong> educação formal. Como a maioria <strong>de</strong> nossos<br />

sujeitos havia freqüentado muito pouco, ou <strong>na</strong>da, a escola,<br />

estávamos curiosos acerta dos princípios que empregariam<br />

para agrupar os objetos encontrados <strong>na</strong> sua vida cotidia<strong>na</strong>.<br />

Quase todos os sujeitos ouviram atentamente as instruções<br />

e lançaram-se com muita disposição ao trabalho.<br />

Mas, mesmo no começo, eles freqüentemente passavam a<br />

escolher objetos que "se a<strong>de</strong>quassem a um propósito em<br />

especial". Em outras palavras, rejeitavam a tarefa teórica,<br />

e a Substituíam por uma tarefa prática. Essa tendência<br />

tornou-se aparente logo no início <strong>de</strong> nosso trabalho, quando<br />

os sujeitos começaram a avaliar objetos isolados e a nomear<br />

suas funções individuais. Por exemplo, "este" era necessário<br />

para realizar este ou aquele trabalho, e "aquele"<br />

para um trabalho diferente. Não viam necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compararem<br />

e agruparem todos os objetos, e classificá-los em<br />

categorias específicas. Ao longo das sessões, como resultado<br />

das discussões e das várias perguntas que fazíamos,<br />

muitos sujeitos superavam essa tendência. Mesmo assim,<br />

no entanto, tendiam a consi<strong>de</strong>rar a tarefa uma tarefa prática,<br />

<strong>de</strong> agrupar objetos <strong>de</strong> acordo com seu papel numa situação<br />

em particular, e não como uma operação teórica <strong>de</strong><br />

classificá-los a partir <strong>de</strong> um atributo comum. Como resultado,<br />

cada um dos sujeitos agrupava os objetos <strong>de</strong> maneira<br />

idiossincrática, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da situação gráfica particular<br />

que tinha em mente. Os grupos concretos que nossos<br />

sujeitos criavam com base nesse pensamento "situacio<strong>na</strong>l"<br />

eram extremamente resistentes à mudança. Quando tentávamos<br />

sugerir qualquer outra maneira <strong>de</strong> agrupar os objetos<br />

baseada em princípios abstratos, eles geralmente a<br />

rejeitavam, insistindo que tal arranjo não refletia as rela-<br />

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