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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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Para <strong>de</strong>scobrir algo a respeito da carreira <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich, tive que recorrer a outros. Aprendi muito<br />

com as conversações que mantive com La<strong>na</strong> Pimenov<strong>na</strong><br />

Luria, sua esposa por quarenta anos, com seus antigos estudantes<br />

e com colegas. Na minha última visita a Moscou<br />

antes da morte <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r Romanovich, pedi a ele que<br />

organizasse uma reunião do pequeno grupo <strong>de</strong> psicólogos<br />

que haviam trabalhado com ele e com Lev Vygotsky durante<br />

a década <strong>de</strong> 20, <strong>na</strong> construção <strong>de</strong> uma nova psicologia<br />

soviética. Esperava que as reminiscências instigassem sua<br />

memória. Miraculosamente todos estavam vivos. Seis compareceram<br />

ao chá. Ao longo da discussão, ouvi velhas mulheres<br />

recitarem poemas que haviam composto havia já<br />

cinqüenta anos, em home<strong>na</strong>gem às batalhas do grupo<br />

contra seus <strong>de</strong>tratores. Alexan<strong>de</strong>r V. Zaporozhets, ligeiramente<br />

mais novo que Alexan<strong>de</strong>r Romanovich, sorriu amplamente<br />

ao lembrar-se da maneira enérgica pela qual Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich havia organizado o trabalho <strong>de</strong>les, e<br />

os apresentado orgulhosamente a Vygotsky em seus exames<br />

orais. Estas pessoas não haviam esquecido, e não <strong>de</strong>sejavam<br />

que o mundo esquecesse, tudo que haviam feito e<br />

como haviam lutado. Prometi àquelas pessoas, Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich entre elas, que não esqueceria seus esforços e<br />

nem <strong>de</strong>ixaria que fossem esquecidos. Decidi então escrever<br />

este ensaio.<br />

Como não tenho o trei<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> um historiador da<br />

ciência e da socieda<strong>de</strong>, e como muito pouco material documental<br />

é disponível hoje a respeito da vida <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich e da psicologia soviética daquele tempo, não<br />

pretendo apresentar um relato abrangente <strong>de</strong> sua vida e<br />

sua época para suplementar o panorama colocado em sua<br />

autobiografia. Fazem-se disponíveis excelentes discussões<br />

da ciência soviética, em particular o Science and Philosophy<br />

in the Soviet Union, <strong>de</strong> Loren Graham. Mas estes tratados<br />

eruditos revelam muito pouco do sabor pessoal que<br />

têm a vida e o trabalho <strong>de</strong> um psicólogo soviético. Para elaborar<br />

um panorama das condições precisas, da excitação,<br />

do medo e das esperanças que energizaram o trabalho <strong>de</strong><br />

Alexan<strong>de</strong>r Romanovich por mais <strong>de</strong> meio século <strong>de</strong> labuta<br />

incansável, suplementei a informação disponível, não só<br />

com a escassa evidência documental existente, mas também<br />

com <strong>de</strong>talhes que não posso documentar, colhidos<br />

entre conversações casuais.<br />

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