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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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tra elas para concentrar-se no que era essencial. Como as<br />

imagens que construía eram particularmente vívidas e estáveis<br />

e retor<strong>na</strong>vam milhares <strong>de</strong> vezes, logo tor<strong>na</strong>ram-se o<br />

elemento domi<strong>na</strong>nte da consciência <strong>de</strong> Sherashevsky, e vinha<br />

à superfície <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>scontrolada cada vez que ele<br />

tomava contato com algo que era ligado a elas, mesmo <strong>de</strong><br />

maneira mais geral. Seu pensamento figurativo era uma<br />

<strong>de</strong>svantagem específica quando ele tentava ler poesia.<br />

Cada expressão dava origem a uma imagem, que entrava<br />

em conflito com outra imagem já evocada.<br />

As idéias abstratas representavam para ele outro foco<br />

<strong>de</strong> problemas e tormentos: "Infinitu<strong>de</strong> - isto significa o que<br />

sempre existiu, Mas o que veio antes? E o que virá <strong>de</strong>pois?<br />

Não, é impossível ver isto ... Para enten<strong>de</strong>r o significado <strong>de</strong><br />

uma coisa, tenho <strong>de</strong> vê-la ... Tome a palavra <strong>na</strong>da. Eu a li<br />

e imaginei que fosse muito profunda. Achei que seria melhor<br />

chamar o <strong>na</strong>da <strong>de</strong> alguma coisa ... porque eu vejo este<br />

<strong>na</strong>da, e ele é uma coisa. Para enten<strong>de</strong>r qualquer significado<br />

razoavelmente profundo, tenho que compor uma imagem<br />

<strong>de</strong>le logo <strong>de</strong> saída". Sherashevsky ficava perplexo e<br />

abatido quando <strong>de</strong>frontado com idéias abstratas, como ficam<br />

os jovens quando percebem que as idéias abstratas<br />

não po<strong>de</strong>m ser expressas em termos gráficos. Mas a maioria<br />

dos adolescentes transforma o pensamento concreto no<br />

pensamento abstrato, e o problema para eles cessa. O papel<br />

tomado pela imagens gráficas em seu pensamento é<br />

substituído por certas idéias convencio<strong>na</strong>is acerca do significado<br />

das palavras. Seu pensamento tor<strong>na</strong>-se verbal e<br />

lógico, e as imagens gráficas são relegadas à periferia <strong>de</strong><br />

sua consciência. Esta é uma transição que Sherashevsky<br />

nunca realizou. Era incapaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r uma idéia se<br />

não conseguisse vê-la, e então tentava visualizar a idéia <strong>de</strong><br />

"<strong>na</strong>da", e encontrar uma imagem com a qual representar a<br />

"infinitu<strong>de</strong>".<br />

Também seu comportamento era afetado por sua memória.<br />

Ele era capaz <strong>de</strong> controlar seus processos involuntários,<br />

como a batida <strong>de</strong> seu coração e a temperatura <strong>de</strong><br />

seu corpo, da mesma maneira que um yogue. Uma imagem\clara<br />

<strong>de</strong>le mesmo correndo aumentava sua pulsação.<br />

Uma imagem <strong>de</strong> um pedaço <strong>de</strong> gelo em sua mão diminuía<br />

a temperatura <strong>de</strong>sta. E uma imagem <strong>de</strong> sua mão segurando<br />

um copo <strong>de</strong> água quente aumentava sua temperatura<br />

superficial. Por este processo, ele era capaz <strong>de</strong> aumentar<br />

ou diminuir em 5 graus a temperatura <strong>de</strong> sua mão. Mas<br />

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