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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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estímulos condicio<strong>na</strong>ntes não fica mais repetindo essas<br />

palavras. De maneira geral, a combi<strong>na</strong>ção das respostas<br />

verbais e motoras melhora só um pouco o <strong>de</strong>sempenho do<br />

componente motor da tarefa. Em alguns casos, observamos<br />

uma melhora clara no <strong>de</strong>sempenho da criança quando<br />

estes dois modos <strong>de</strong> resposta eram combi<strong>na</strong>dos. Ao falar<br />

"sim" ou dando a si mesma o comando "vai", as respostas<br />

motoras da criança começam a ser mais organizadas e<br />

controladas, e ela supera a inércia que era típica <strong>de</strong> suas<br />

respostas motoras numa ida<strong>de</strong> anterior.<br />

Observamos um fenômeno notável <strong>na</strong>s crianças <strong>de</strong><br />

três anos e meio a quatro anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Ainda que o dizer<br />

"sim" e apertar um botão seja uma resposta dupla, os dois<br />

componentes compartilham <strong>de</strong> uma mesma direção positiva.<br />

Tanto o sistema <strong>de</strong> resposta verbal quanto o motor estão<br />

excitados. Mas quando uma criança tem que dizer<br />

"não" ou "pare" e bloquear simultaneamente uma resposta<br />

motora, a excitação do sistema verbal é positiva, enquanto<br />

o significado é negativo. Uma vez que toda resposta vocal<br />

ten<strong>de</strong> a produzir uma resposta motora, mesmo que o significado<br />

da resposta "não" seja negativo, um conflito psicofisiológico<br />

é evocado pelo uso do negativo. Notamos um<br />

certo grau <strong>de</strong> dissociação entre as reações verbais e motoras<br />

durante esse período <strong>de</strong> transição que vai dos três<br />

anos e meio aos quatro anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Quando falava<br />

"não", a criança freqüentemente <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> inibir seus movimentos<br />

e apertava o botão. Quando a criança já é alguns<br />

meses mais velha, ou se instituirmos um trei<strong>na</strong>mento especial<br />

que enfatize o significado da resposta verbal através<br />

<strong>de</strong> reforços explícitos, forma-se um novo sistema funcio<strong>na</strong>l<br />

que passa a regular as reações motoras da criança. Sua<br />

ativida<strong>de</strong> motora cai sob o controle do significado das palavras,<br />

e não mais constitui a resposta primária ao mero<br />

som produzido pela fala. Vi este resultado como uma indicação<br />

<strong>de</strong> que havíamos criado um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> como a linguagem<br />

da criança passa a controlar seu comportamento<br />

sob condições especiais <strong>de</strong> laboratório.<br />

Esta transição <strong>de</strong> respostas impulsivas para respostas<br />

controladas pelo significado <strong>de</strong> uma palavra emitida<br />

ocorria em algum ponto entre as ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> três anos e<br />

meio a quatro anos, ainda que a época precisa variasse<br />

muito, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das características mais sutis do experimento<br />

e da criança em particular com que ele se realizava.<br />

É difícil especificar quando e sob quais condições este<br />

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