Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
tinham que realizar essa forma <strong>de</strong> escolha. Um grupo <strong>de</strong><br />
crianças continuava a respon<strong>de</strong>r quando um estímulo negativo,<br />
a luz ver<strong>de</strong>, se seguia a um estímulo positivo, a luz<br />
vermelha. Isto é, o estímulo negativo evocava uma reação<br />
motora impulsiva que po<strong>de</strong>ria ser explicada, em termos<br />
pavlovianos, como uma "irradiação <strong>de</strong> excitação". Essa era<br />
outra maneira <strong>de</strong> dizer que a instrução verbal inicial não<br />
estava mais controlando as ações da criança porque a primeira<br />
parte da resposta, apertar um botão quando aparecesse<br />
a luz vermelha, se transferia para a resposta à luz<br />
ver<strong>de</strong>.<br />
Um outro grupo <strong>de</strong> crianças não emitia resposta<br />
quando a luz vermelha, o estímulo positivo, se seguia à luz<br />
ver<strong>de</strong>, o estímulo negativo. Novamente, usando a terminologia<br />
pavlovia<strong>na</strong>, falávamos disto como uma "irradiação <strong>de</strong><br />
inibição", evocada pelo estímulo negativo proce<strong>de</strong>nte. Um<br />
fenômeno análogo aparecia quando pedíamos às crianças<br />
que reagissem com sua mão direita à luz vermelha e com a<br />
mão esquerda à luz ver<strong>de</strong>. Depois <strong>de</strong> apertarem o botão<br />
com a mão direita, as crianças continuariam a usar esta<br />
mão para respon<strong>de</strong>rem a qualquer estímulo, mesmo tendo<br />
a mão esquerda sido especificada pelas instruções prelimi<strong>na</strong>res.<br />
Nenhum <strong>de</strong>stes erros ocorreu porque as crianças haviam<br />
esquecido as instruções. Depois <strong>de</strong> cada sessão experimental,<br />
pedíamos às crianças que repetissem as instruções<br />
verbais. Todas eram capazes <strong>de</strong> fazê-lo a<strong>de</strong>quadamente,<br />
mesmo que fossem incapazes <strong>de</strong> realizar <strong>na</strong> prática<br />
aquilo que sabiam que <strong>de</strong>viam fazer. O comportamento<br />
das crianças normais só começava a cair sobre o controle<br />
verbal com uma ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quatro anos. Com seis anos, não<br />
tinham mais qualquer dificulda<strong>de</strong> <strong>na</strong> realização <strong>de</strong>ste tipo<br />
<strong>de</strong> tarefa. Só erravam se pedíssemos a elas que reagissem<br />
o mais rápido possível, ou quando surgia a fadiga. Em termos<br />
pavlovianos, resumimos este padrão <strong>de</strong> mudanças,<br />
relacio<strong>na</strong>das ao aumento <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, <strong>na</strong>s respostas a instruções<br />
verbais, falando do <strong>de</strong>senvolvimento gradual da seletivida<strong>de</strong><br />
e da plasticida<strong>de</strong> dos processos nervosos. Dentro<br />
do corpus teórico <strong>de</strong>senvolvido por Vygotsky, falamos da<br />
formação gradual <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los complexos <strong>de</strong> programas <strong>de</strong><br />
comportamento motor verbalmente controlados.<br />
Quando começamos a conduzir experimentos semelhantes<br />
com crianças <strong>de</strong>ficientes mentais, constatamos<br />
que com uma ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sete anos, ida<strong>de</strong> com que as crian-<br />
115