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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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<strong>de</strong> neurofisiologia dos processos cerebrais, que até então<br />

só havíamos estudado num nível mais global. Nossa compreensão<br />

<strong>de</strong>sses processos foi imensamente facilitada pelos<br />

estudos <strong>de</strong> H. Magoun, G. Morruzi, N. Jasper, Do<strong>na</strong>ld<br />

Lindsley e Wil<strong>de</strong>r Penfield acerca do tronco cerebral, em<br />

especial sobre o papel dos sistemas reticulares ascen<strong>de</strong>ntes<br />

e <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes.<br />

Como <strong>de</strong>monstraram Magoun e Morruzi em 1949, a<br />

formação reticular é uma formação do tronco cerebral que<br />

está especialmente adaptada em sua estrutura e proprieda<strong>de</strong>s<br />

funcio<strong>na</strong>is, para regular o estado funcio<strong>na</strong>l do córtex<br />

cerebral. Ao contrário do córtex, esta formação não é<br />

composta por neurônios isolados, capazes <strong>de</strong> transmitir<br />

um único impulso por vez através <strong>de</strong> axônio. Ao invés, é<br />

construída por uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> circuitos neurais, <strong>na</strong> qual os<br />

corpos celulares dos neurônios são conectados uns aos<br />

outros por axônios curtos. A excitação se alastra gradualmente<br />

por esta estrutura nervosa, e não <strong>na</strong> base <strong>de</strong> "tudo<br />

ou <strong>na</strong>da". Logo, o nível <strong>de</strong> excitação do sistema como um<br />

todo po<strong>de</strong> ir mudando gradualmente, modulando o estado<br />

funcio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> todo o sistema nervoso.<br />

Enquanto po<strong>de</strong>ríamos caracterizar os estudos anteriores<br />

do cérebro como baseados numa abordagem "horizontal",<br />

já que se ocupavam dos processos realizados num<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do nível <strong>de</strong> organização, esta nova onda <strong>de</strong> pesquisas<br />

nos direcio<strong>na</strong>va a atenção para as relações "verticais"<br />

entre as estruturas profundas e superficiais do cérebro.<br />

Esta nova orientação lançava uma luz sobre a maneira<br />

pela qual o cérebro gera e controla seu próprio nível <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>.<br />

De início, <strong>de</strong>monstrou-se que a formação reticular era<br />

essencial para a ativação do cérebro. Pensava-se que esta<br />

ativação seria não-específica; isto é, qualquer estímulo,<br />

fosse o aroma <strong>de</strong> uma salsicha, um ruído alto ou a visão<br />

<strong>de</strong> uma borboleta, provocaria um efeito geral sobre a formação<br />

reticular, que por sua vez ativaria outras partes do<br />

tronco cerebral, sem atentar às características particulares<br />

do estímulo que <strong>de</strong>flagrou o processo. Em outras palavras,<br />

supunha-se que a formação reticular seria responsável<br />

pela <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção do nível quantitativo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> cerebral,<br />

mas não controlaria as diferenças qualitativas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>,<br />

que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>riam das características do estímulo a<br />

que a pessoa ou animal era exposta tinham um efeito sobre<br />

o modo resultante <strong>de</strong> ativação cerebral; salsichas e<br />

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