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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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prou um filhote <strong>de</strong> cachorro, e quando ele cresceu o homem<br />

rico o levou numa caçada. Certa vez um cachorro<br />

louco entrou no jardim on<strong>de</strong> brincavam as crianças. O homem<br />

rico o viu e começou a gritar, e as crianças correram<br />

<strong>na</strong> direção do cachorro louco. Então o cachorro do homem<br />

apareceu, e os dois cachorros começaram a brigar".<br />

O uso das fórmulas <strong>de</strong> transição tinha como efeito a<br />

criação <strong>de</strong> elos entre a ação que era <strong>de</strong>scrita e uma outra<br />

ação, significativamente conectada. Em termos <strong>de</strong> nossa<br />

teoria geral, as fórmulas <strong>de</strong> transição criam intenções necessárias;<br />

o paciente escolhe o próximo passo e usa este<br />

para atingir o passo seguinte. A idéia geral da estória e a<br />

tarefa <strong>de</strong> se lembrar <strong>de</strong>la constituem um plano geral <strong>de</strong><br />

comportamento, <strong>de</strong>ntro do qual cada frase individual representa<br />

uma meta secundária, que requer que o paciente<br />

realize sua ação com vistas aos próximos passos <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos<br />

pelo plano geral. Dentro <strong>de</strong>sta estrutura, as fórmulas<br />

<strong>de</strong> transição assumem a função <strong>de</strong> elos intencio<strong>na</strong>is.<br />

Neste exemplo, o uso das fórmulas era externo. Nos<br />

meses seguintes, as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>na</strong>rração e <strong>de</strong>scrição<br />

do paciente se reorganizavam, e outras fórmulas <strong>de</strong> transição<br />

apareciam espontaneamente. Sua <strong>na</strong>rração se tor<strong>na</strong>va<br />

mais contínua e, o que é muito importante, seus relatos<br />

escritos <strong>de</strong> passagens que havia ouvido não apresentavam<br />

mais qualquer si<strong>na</strong>l <strong>de</strong> patologia. Além disso, o paciente<br />

agora era capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver espontaneamente o conteúdo<br />

<strong>de</strong> figuras, tarefa anteriormente impossível.<br />

Este método <strong>de</strong> restauração do pensamento ativo é <strong>de</strong><br />

certa maneira análogo ao nível <strong>de</strong> restauração <strong>de</strong> frases e<br />

palavras individuais que atingem os pacientes <strong>de</strong> afasia<br />

aferente. As fórmulas <strong>de</strong> transição que sugerimos são muito<br />

úteis quando o assunto a ser transmitido é suficientemente<br />

óbvio para aquele paciente cujo único <strong>de</strong>feito repousa<br />

em seus padrões dinâmicos do pensamento. Mas as fórmulas<br />

são i<strong>na</strong><strong>de</strong>quadas <strong>na</strong>queles casos em que o paciente<br />

não enten<strong>de</strong> o plano da estória e tem que reconstruir sozinho<br />

o seu significado.<br />

E como se as peças <strong>de</strong> um quebra-cabeça se amontoassem<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong><strong>na</strong>damente perante estes pacientes, que<br />

não vêem nelas um padrão geral, e não conseguem organizá-las<br />

em sua seqüência correta. "Vejo uma peça aqui e<br />

outra ali", disse um <strong>de</strong> nossos pacientes, "mas não consigo<br />

compreen<strong>de</strong>r o plano geral". A ausência <strong>de</strong> intenção e a<br />

falta <strong>de</strong> orientação ao pensamento não são as únicas cau-<br />

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