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O TEMPO NA DIREÇÃO DO TRATAMENTO

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De acordo Dominique Fingerman é<br />

preciso tempo para se chegar à conclusão<br />

de que a falta é causa. Para ela, “é nesse<br />

ponto a, nesse momento de concluir que<br />

se detém o sujeito à deriva, em fading nas<br />

leis de combinações significantes, é dessa<br />

referência ao ponto a que provém a permanência<br />

do sujeito, sua a-temporalidade”.<br />

Ela diz então ser preciso tempo para<br />

produzir uma conclusão a partir desse<br />

algo que não está sabido, incógnita, “cálculo<br />

sobre o objeto a”, momento de concluir,<br />

cálculo de gozo”.<br />

O manejo da transferência ensejará o<br />

tempo de compreender e o momento de<br />

concluir. No caso Dora, Freud declara<br />

não ter sido “possível dominar a transferência<br />

a tempo” e termina por anteciparse<br />

com o seu saber criando dificuldades<br />

para manejar com os tempos do sujeito<br />

do inconsciente. Ele sobrepuja o<br />

momento de compreender ao instante de<br />

ver, e acaba sem levar em conta a queda<br />

do objeto a olhar que causa a afonia em<br />

Dora.<br />

Deste caso podemos extrair que para<br />

que uma psicanálise aconteça de fato é<br />

preciso levar em consideração que “o<br />

sentido do sintoma depende do futuro<br />

do real. Tudo depende que o real persista<br />

” e que haja um analista para manejar<br />

com isso.<br />

Heteridade 7<br />

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 145

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