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IMPA 50 Anos

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voltou cheio de energia e foi quem realmente deu grande ímpeto ao <strong>IMPA</strong> nessa ocasião, ao organizar oseminário de Sistemas Dinâmicos e congregar em torno de si alunos excelentes, que depois vieram a setornar matemáticos e pesquisadores do <strong>IMPA</strong>.Durante sua gestão, o senhor acumulou a função com a participação em três conselhos: Comissão Fullbright,CAPES, CNPq. Era a título pessoal ou como representante do Instituto?Todos a título pessoal. Como eu conhecia o sistema escolar americano, e o principal objetivo da ComissãoFulbright é conceder bolsas de estudo nos Estados Unidos a estudantes brasileiros, meu trabalhoera dar pareceres sobre os projetos e os pedidos de bolsa. Lá tive oportunidade de conhecer algumaspessoas interessantes, como o representante da Fundação Ford no Brasil, e com isso consegui bolsasda Fundação para pesquisadores brasileiros estudarem nos Estados Unidos — uma delas foi para JoséAlexandre Scheinkman. Dessa minha participação na Comissão Fullbright resultou uma viagem aoChile. A Fundação Ford me pediu para fazer um levantamento de toda a Matemática chilena, durante ogoverno Allende; sua intenção era apoiar a UTE, Universidad Tecnica Del Estado, atualmente Universidadde Santiago, criada por Salvador Allende para os filhos dos trabalhadores chilenos, uma instituiçãonitidamente de esquerda, socialista. Meu relatório foi amplamente favorável. A Fundação Ford queriamesmo ajudar a Universidade, que depois foi destruída pelo governo Pinochet e reconstruída como nome de Universidad de Santiago. Membro do Conselho Deliberativo do CNPq fui durante váriosanos, e isso foi muito importante para mim, porque o CNPq tinha uma comissão de pós-graduação,à qual eu pertencia, que avaliava os novos cursos de pós-graduação em várias áreas. E só ganhariamcotas de bolsas do Conselho para seus alunos aqueles cursos aprovados por essa comissão. Na CAPESeu também participava do Conselho Deliberativo. Ela não tinha na época a importância de hoje, era umórgão com menos recursos, menos influência, tinha um sistema de avaliação diferente, concedia bolsassó para professores universitários.Por que deixou a direção do <strong>IMPA</strong> em 1971?Depois de saneada a situação política e estabelecidas as diretrizes de pesquisa e ensino, organizadaa pós-graduação etc., percebi que estava encerrada a minha missão, porque não tenho vocação paraser diretor. Aí fui ao presidente do CNPq, o general Artur Façanha, e disse: “Quero sair da direção etenho uma pessoa para indicar: Lindolpho de Carvalho Dias.” Ele não o conhecia, mas eu disse: “Estános Estados Unidos agora, é bem conhecido do prof. Mauricio Peixoto, vice-presidente do CNPq, e deManuel Frota Moreira, diretor científico do CNPq, conhecido da maioria dos membros do ConselhoDeliberativo; além disso, já foi diretor do <strong>IMPA</strong>.” Não foi difícil convencer o general Façanha. Deixei adireção e fiquei como vice-diretor até 1979, quando Mauricio Peixoto foi nomeado presidente do CNPqe levou o Lindolpho como vice-presidente. Aí assumi novamente a direção do <strong>IMPA</strong>.104

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