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IMPA 50 Anos

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Além da disseminação bibliográfica, o <strong>IMPA</strong> também se preocupa com o ensino de segundo grau. Como vice-diretore membro do Conselho Técnico Científico, como analisa essa preocupação?Creio que o <strong>IMPA</strong> tem a obrigação moral de dar apoio e gerar projetos de capacitação para professoresde segundo grau. Somos detentores de um conhecimento avançado em matemática e, na outra ponta,existe uma carência grave de recursos e de condições de trabalho adequados para os professores doensino médio. Isto leva à necessidade de se promover cursos de capacitação. No caso do <strong>IMPA</strong>, arealização destes programas foi uma iniciativa do Elon Lima, com a colaboração do Paulo Cezar PintoCarvalho, e contou sempre com o apoio do CTC.O Visgraf, o Laboratório de Computação Gráfica do <strong>IMPA</strong>, também contou com a aprovação imediata do CTC?Exatamente. O Visgraf foi uma iniciativa do Jonas de Miranda Gomes e de seu grupo de pesquisa,dentre os quais se encontram Luiz Velho e o Paulo Cezar. Estas iniciativas não nasceram no CTC; foraminiciativas geradas por pesquisadores do <strong>IMPA</strong>.O <strong>IMPA</strong> também desenvolve projetos para ensino à distância?O <strong>IMPA</strong> só pode operar com um projeto-piloto, pois não tem dimensão para mais do que isso. Emoutubro de 2002 a Sociedade Brasileira de Matemática realizará em Belo Horizonte uma grande reunião,a Bienal da SBM, dedicada exclusivamente ao ensino da matemática em todos os níveis: fundamental,médio, segundo grau, universitário. Debateremos o problema do ensino, em particular do ensino àdistância.A primeira metade da década de 70 foi de grande desenvolvimento econômico no país, e a área de ciência e tecnologiase beneficiou bastante, com o aumento dos recursos para a pesquisa e a pós-graduação. Foi também o período daexplosão do <strong>IMPA</strong>, não?Quando cheguei, em maio de 1971, já encontrei um <strong>IMPA</strong> mais unificado, sem diferenças internas. Haviamuitos recursos, os salários eram muito bons. Contratavam-se matemáticos americanos e alguns europeus.Enfim, era uma época de crescimento rápido, que vinha acompanhado de progresso econômico,tudo isso pilotado por uma liderança bem estabelecida e jovens com vontade de crescer. Na minhaárea, estavam o Jacob, o Sotomayor, o Welington, eu, e já definindo-se uma estratificação de linhas depesquisa. Essa época coincidiu também com a necessidade de termos um local mais apropriado, maior.Um sintoma disso vimos numa reunião exuberante da Escola Latino-Americana de Matemática. Essefoi, aliás, outro sinal de vitalidade do <strong>IMPA</strong>. As Escolas Latino-Americanas de Matemática, criadas comfinanciamento da OEA, estavam semimortas. A Escola era uma reunião científica itinerante, que reservavaparte de seu tempo a cursos dirigidos a estudantes jovens; por isso, o nome de Escola. Lembroperfeitamente que, em 1975, conversando com o Jacob, eu sugeri: “Por que não revitalizamos as EscolasLatino-Americanas de Matemática?” Ele gostou da idéia, começamos a programar, e foi uma mostra do57

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