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IMPA 50 Anos

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O senhor escolheu seu orientador de curso?Cada aluno do <strong>IMPA</strong> tem um orientador oficialmente designado pela Comissão de Ensino, a partir deuma escolha do aluno; o meu foi o Jacob. Sua função é orientar o estudante, desde o início do programa,a respeito dos cursos que deve fazer, além de livros, leituras e tudo o mais; uma orientação globalsobre a organização do estudo. E posteriormente, deve orientar a elaboração da tese, a parte realmentecentral do programa de doutorado. Mas os outros professores também ficam na casa e podem esclarecerdúvidas dos alunos; nossos estudantes não reclamam de falta de atenção. Além dos professores, outrainestimável vantagem do <strong>IMPA</strong> é poder contar com um grupo de colegas com quem se podia conversar.É outro aspecto fundamental: os alunos do <strong>IMPA</strong> não são isolados, não são figuras únicas. Eles têmcolegas que não estão trabalhando no mesmo problema, mas estão em circunstâncias parecidas; então,têm condição de trocar idéias, e isso complementa seu esforço de maneira muito importante. Eu própriolembro de inúmeras conversas com meus colegas do tempo de doutorado: Lorenzo Diaz e MarcosCraizer, atualmente professores na PUC do Rio; Gonzalo Contreras, peruano, que hoje está no México,são colegas com quem tive inúmeras conversas e me ajudaram no trabalho de tese. Acho que tambémos ajudei, portanto foi uma troca benéfica para todos. A matemática, ao contrário do que as pessoaspensam, é uma atividade muito emocional, não é uma atividade fria. Está em causa sua capacidade deencarar um desafio, sozinho, consigo mesmo. Já é uma atividade muito solitária; poder quebrar essasolidão conversando com seu orientador, com seus colegas, com os professores do Instituto, é de umvalor inestimável.Além de Gonzalo Contreras e de Lorenzo Diaz, que é espanhol, havia outros estudantes estrangeiros?Logo depois que cheguei, vieram dois colegas meus de graduação na Universidade do Porto: JorgeRocha e Fátima Carvalho. Não tenho estatísticas muito precisas — isso é fácil de conseguir — mascertamente um percentual bastante grande de nossos estudantes vem de países da América Latina:Argentina, Peru, Chile, Venezuela, México. E um número menor, embora também significativo, de algunspaíses europeus: Portugal, Espanha, França, até Suíça. O fluxo de estudantes estrangeiros no <strong>IMPA</strong>é substancial.O nível dos estrangeiros é superior ao dos brasileiros?Temos tido excelentes alunos das mais diversas proveniências, tanto nacionais como estrangeiros. Deixem-meexplicar como é o ingresso no <strong>IMPA</strong>. Não há um concurso, mas um processo de seleção bastanterigoroso, feito pela nossa Comissão de Ensino. A cada ano são recebidas candidaturas, como a minha,com todo tipo de informação que pode ser útil: histórico escolar, livros que a pessoa já leu. Muitoimportantes são as cartas escritas por professores recomendando o candidato. Portanto, um dossiêbastante completo nos ajuda a analisar a candidatura. A Comissão de Ensino se reúne e seleciona. E éuma seleção dura, muito dura. É certamente mais completa do que uma prova. E por que selecionamosdessa maneira? Porque recebemos estudantes que vêm desde a Escandinávia até diferentes regiões do227

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