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IMPA 50 Anos

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aluno de doutorado, Cícero Mota, fez uma tese excelente em Visão Computacional e continua bem ativoem pesquisa; fez três anos de pós-doutorado na Alemanha, voltou ao Brasil e continua como professorda Universidade Federal do Amazonas. Quanto aos alunos de mestrado eu não lembro de todos no momento.Siome Goldenstein acaba de concluir o doutorado em Visão Computacional na Universidade daPensilvânia. Dois outros alunos eu mesmo tirei da área acadêmica depois que saí do <strong>IMPA</strong>, porque identifiqueineles um espírito empreendedor e um interesse em ir para o mundo dos negócios. Bruno Costae Lúcia Darsa foram para os Estados Unidos fazer o doutorado, porém desistiram da área acadêmicae hoje estão trabalhando em empresas naquele país; o Bruno trabalha no setor de desenvolvimento dejogos eletrônicos da Microsoft, onde tem oportunidade de pôr em prática todos os seus conhecimentosde Computação Gráfica.O senhor já tinha ingressado no circuito internacional?Ah, totalmente! Nós tínhamos uma árdua missão, a de colocar o nome do <strong>IMPA</strong> no circuito internacionalde Computação Gráfica. Chegamos nos Estados Unidos num congresso imenso e dissemos: “Somosdo <strong>IMPA</strong>.” O espanto foi absoluto: “<strong>IMPA</strong>?! O que é o <strong>IMPA</strong>?!” Enquanto na comunidade matemática,o Instituto já era famosíssimo lá fora, na de Computação Gráfica ninguém o conhecia. E não tem jeito,esse é um circuito de ciência; só se consegue entrar com trabalho de primeiro nível, de Primeiro Mundo.Apesar disso, conseguimos organizar em 1991 um Workshop in Geometric Modeling, para o qual trouxemoscerca de 15 pesquisadores da Europa e dos Estados Unidos, todos eles famosos na área. Um grandenúmero de brasileiros participou do workshop, e todos foram unânimes em afirmar que aquele eventoera um divisor de águas na Computação Gráfica brasileira. Além disso, começamos a publicar muitostrabalhos. O Siggraph (Special Interest Group in Computer Graphics) é um dos grupos de interesseda ACM (Association of Computer Machinery). Ele organiza a conferência mais famosa do mundoem Computação Gráfica; reúne atualmente <strong>50</strong> mil pessoas nos Estados Unidos e, dessas, em torno decinco mil são cientistas. Para dar uma idéia do trabalho que desenvolvemos no <strong>IMPA</strong>, basta dizer queo primeiro trabalho de Computação Gráfica da América Latina a ser aceito no Siggraph foi do grupodo <strong>IMPA</strong>. E desde então, publicamos vários outros papers no mesmo evento e nos principais congressosinternacionais, e mantivemos uma política de trazer pesquisadores visitantes. Depois de um tempo,o <strong>IMPA</strong> ficou bastante conhecido no mundo da Computação Gráfica. É um grupo que realmente feznome. É importante dizer que minha saída do <strong>IMPA</strong> não levou ao término das atividades do grupo.Apesar de eu ser o cientista líder do grupo, cada cientista tinha sua individualidade e sua competência;acho esse aspecto importante num grupo de pesquisa. Aliás, criar lideranças que possam assumir responsabilidadesé a melhor qualidade de um executivo. Isso vale tanto para a área acadêmica quantopara o mundo dos negócios.Quem são seus grandes parceiros na publicação de trabalhos?Sempre gostei de trabalhar em equipe, talvez por ter iniciado minha vida profissional em uma empresa,depois do doutorado. Trabalhar em equipe é fundamental numa empresa, devido à expansão crescente158

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