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IMPA 50 Anos

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No <strong>IMPA</strong>, fizemos um acordo com o Funtec para complementar os salários dos pesquisadores, aindano início dos anos 70. Em seguida, em 1974 o CNPq se transformou, de autarquia subordinada à CasaMilitar da Presidência da República, em fundação pública. Presidida por José Dion de Melo Teles, anova Fundação CNPq estruturou-se e seus funcionários tiveram que optar por continuar estatutáriosou passar para o regime da CLT. No <strong>IMPA</strong>, como éramos oficialmente bolsistas do CNPq, não tínhamosescolha: fomos todos enquadrados na CLT e aí passamos a receber bons salários. Coincidentemente ounão, essa época presenciou o desabrochar do <strong>IMPA</strong> como instituição científica.As publicações do <strong>IMPA</strong>Foi por estímulo da FINEP que surgiu o Projeto Euclides, uma das realizações mais bem sucedidas do <strong>IMPA</strong>?Isso mesmo. A FINEP, já presidida pelo Pelúcio, pediu ao <strong>IMPA</strong> que sugerisse alguma atividade, e eudisse: “Sempre tive em mente desenvolver a bibliografia sobre Matemática no Brasil. Para incentivar osjovens a estudar Matemática, é importante que exista uma coleção de livros escritos por autores brasileiros,e não uma mera tradução de livros estrangeiros. A idéia era de que no começo a coleção fosse maisou menos mista, com alguns livros em nível de graduação, outros em nível de mestrado, outros aindaem nível de iniciação à pesquisa. Eu não queria competir com as editoras comerciais, mas publicar livrosque não interessassem a elas; por isso, nunca permiti que se publicassem livros elementares de Cálculo,Geometria Analítica, que eu achava que caberiam às editoras comerciais. Eu já tinha feito uma tentativaanterior, criando uma coleção numa editora que se chamava Ao Livro Técnico; a coleção intitulava-seFundamentos da Matemática, publicada em co-edição; o <strong>IMPA</strong> pagava os direitos autorais, e a editorafinanciava a produção. Mas logo vi que não funcionaria, porque eles subordinavam cada publicaçãoaos interesses comerciais da firma, como é natural. Assim, às vezes um original ficava até dois anosesperando, porque não interessava à editora. Quando chegou essa proposta da FINEP, percebi que eraa oportunidade de criar uma coleção que não dependesse de interesses comerciais, mas que tivesse umobjetivo formativo. Como eu disse, não permiti a publicação de livros muito elementares, mas tampoucoqueria publicar monografias especializadas demais, superavançadas; para isso, existiam coleçõesde monografias mimeografadas. Eu queria alguma coisa intermediária, um repositório da cultura matemáticabásica e uma introdução à pesquisa. Pois bem, publicamos uma série de livros, alguns meus,outros de colegas. E esses livros foram muito bem sucedidos, sendo vários deles traduzidos em diversosidiomas, até em chinês.O Projeto Euclides subordinava-se a um conselho editorial?Eu era praticamente o dono do projeto, mas não resolvia tudo sozinho. Logo de saída, publicamos livrosde Chaim Samuel Hönig, Pedro Fernandez, Djairo Figueiredo, Adilson Gonçalves. Assim, crieiuma comissão editorial composta pelos autores; depois, incluí o vice-presidente do CNPq, Guilherme109

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