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IMPA 50 Anos

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Quando o senhor chegou à Unicamp, havia alguém de sua área na matemática?Havia, next door, o prof. Orlando Lopes, excelente matemático da minha área, Equações DiferenciaisParciais, José Luís Boldrini, e acho que mais ninguém. Depois que vim para cá, veio um bocado de gentejovem, e hoje o grupo de Equações Diferenciais Parciais é bastante forte. Creio mesmo que talvez seja olugar no Brasil onde haja maior concentração nessa área, maior até que no <strong>IMPA</strong>, o qual historicamentese concentrou mais em Sistemas Dinâmicos e Geometria.Nos anos 90 o senhor aumentou de forma impressionante sua participação internacional em cursos, conferências,congressos.Essa é uma conseqüência mais ou menos natural de uma pessoa se tornar conhecida. Esse intercâmbioé extremamente importante. Agora mesmo sou membro do Comitê Científico da cooperação com aFrança. Fiz três propostas, que foram aprovadas, para matemáticos franceses virem ao Brasil em 2002.Minha idéia não é retê-los aqui na Unicamp, mas fazê-los entrar em contato com matemáticos jovens daminha área, para estabelecer um intercâmbio científico. É gente jovem vindo para conhecer o pessoaldaqui. Isso poderá dar origem, inclusive, a trabalhos em colaboração. Pelo fato de ser mais conhecido,posso proporcionar esses contatos e ampliá-los a outros colegas brasileiros.Com o passar dos anos o senhor observa um crescimento no número de mulheres na matemática?Creio que sim. Aqui na Unicamp há muitas alunas na graduação de matemática, isso é comum; napós-graduação é que há bem menos. O nosso departamento tem um número razoável de professoras.Curiosamente, a Itália é um país onde há um número impressionante de mulheres matemáticas que vãopara a pesquisa.Todos os grandes nomes da matemática brasileira, além do senhor, passaram por universidades americanas. O paísé realmente o pólo mundial da matemática?Não apenas isso, como também existe o fato de a universidade americana ser muito bem estruturada. Oaluno chega lá, recebe seu orientador e tem a perspectiva do que fazer para chegar no doutorado. Já auniversidade francesa é outra coisa: o aluno chega e não encontra com facilidade seu orientador, que emgeral trabalha em casa. . . Tudo é muito difuso. Minha experiência não tem sido boa, ao mandar gentepara a Alemanha ou para a França; o estudante se sente meio abandonado.A importância do <strong>IMPA</strong>O senhor tem uma produção acadêmica muito grande, entre livros, artigos, notas de aula e trabalhos expositórios.Qual a diferença entre esses trabalhos?89

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