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IMPA 50 Anos

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Sua mãe morava em Uberaba?Antes de casar, ela morava em Sacramento, ali pertinho de Uberaba. Naquela época, como as estradaseram ruins, ficava bem mais “longe”, era um viagem de meio dia e atualmente são 15 minutos.Seu pai levou algum filho para trabalhar com ele na loja?Ao contrário. Fui criado num ambiente em que o importante era o estudo; meu pai literalmente nosproibia de ajudá-lo na loja. Como era uma pessoa extremamente inteligente e avançada, permitiu queminhas irmãs estudassem, inclusive nas Faculdades de Uberaba. Meus irmãos e eu fizemos os primeirosestudos em Uberaba e depois viemos para o Rio de Janeiro, apesar de São Paulo ser mais perto; mas oRio era, então, o centro cultural do país e, claro, de uma beleza apaixonante. O primeiro a vir foi omais velho, Miguel. Foi bem-sucedido e foi puxando os outros. Em seguida veio o Wilmar, e foi aseqüência completa. Eu simplesmente segui o roteiro. Só que vim um pouco mais jovem que os outros,com 16 anos. Acho que isto tem a ver com uma percepção de meu pai, e sobretudo do Wilmar, porquedesde muito jovem eu já me saía bem nos estudos. Comecei num grupo escolar. O meu pai guardou osprimeiros prêmios que eu ganhei, no final do ano. Depois, no segundo ano eu já fui para o colégio dosirmãos maristas, grandes educadores. Aprendi francês com um irmão marista francês, durante váriosanos. Já no segundo ano do ginásio fiz algumas apresentações de textos em francês, também, estudeiinglês durante dois anos, com um irmão marista americano. Era o pós-guerra, e creio que havia muitamobilidade das pessoas, o que me proporcionou uma extraordinária oportunidade de bem cedo entrarem contato com várias culturas.Como a matemática entrou em sua vida?Desde criança eu tinha muita facilidade, ensinava aos colegas e às vezes até aos professores. Em matériade ciência, o colégio marista não era especialmente bom; era bom globalmente, especialmente em humanidades.Se hoje me sinto ao mesmo tempo bem brasileiro e cidadão do mundo, devo em parte àminha origem paterna e aos estudos nessa escola. Os irmãos maristas compunham uma cesta de nacionalidadese culturas.Como estudante na Escola de Engenharia e no <strong>IMPA</strong>Quando o senhor chegou ao Rio de Janeiro?Em 1956. Por sugestão do Wilmar, com quem fui morar, matriculei-me no Colégio Juruena, que ficavana praia de Botafogo e ao mesmo tempo passei a freqüentar o Curso Universitário, de pré-vestibular.O apartamento do Wilmar ficava na avenida Rui Barbosa, e meu quarto dava para o Pão de Açúcar —fiquei deslumbrado com a cidade, desde a manhã seguinte à minha chegada: um domingo cheio de sol.Ali morei dois anos, até entrar para a universidade. Em 1958, conquistei o primeiro lugar no vestibular121

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