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IMPA 50 Anos

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Quais são as atribuições do vice-diretor do <strong>IMPA</strong>?Dependem muito do diretor. Com o Lindolpho na direção, a função era muito importante. Formalmente,ele se relacionava com o Conselho Técnico Científico, mas eu ficava ao seu lado para dar opiniões.É uma posição bastante confortável, porque eu dava opinião, mas não tinha a responsabilidade de executaras decisões. Continuei com disponibilidade para dar aulas e escrever livros.Foi essa flexibilidade que lhe permitiu passar seis meses na Inglaterra fazendo pós-doutorado?Sim. Há muito tempo, eu tinha passado um ano em Princeton e outro em Columbia, também empós-doutorado. Desta vez, fiquei de agosto de 83 a março de 84 na Inglaterra, na Universidade deWarwick, uma das novas universidades inglesas, que sempre teve muita relação com o <strong>IMPA</strong>. ChristopherZeeman era diretor do Instituto de Matemática de Warwick e esteve no Brasil inúmeras vezes;Tony Manning, destacado professor de lá, também esteve no Brasil várias vezes. Continuei trabalhandoem Topologia Diferencial, área bastante desenvolvida em Warwick.Resultou algum livro de seu pós-doutorado?Não. Na verdade, escrevi um trabalho durante o tempo em que estive lá, mas resolvi não publicar, poisachei que não era uma coisa muito boa. Diminuí meu tempo de permanência e voltei para o <strong>IMPA</strong>;reassumi a vice-direção.Em que consiste o Convênio CNPq–GMD, de que o senhor foi coordenador entre 1985 e 2000?É um acordo entre os governos brasileiro e alemão, feito através dos Ministérios de Relações Exteriores,para intercâmbio de cientistas. A sigla significa Gesellschaft für Mathematik und Datenverarbeitung, e aparte de Matemática tinha um coordenador brasileiro e um alemão. O propósito desse acordo era fazeresse intercâmbio, ou seja, permitir que matemáticos brasileiros pudessem passar um período de até trêsmeses, no máximo, na Alemanha, ou que matemáticos alemães pudessem fazer a mesma coisa no Brasil.Por exemplo, quem quisesse fazer um trabalho em conjunto com um matemático alemão, submeteriao projeto a esse convênio; eu dou parecer, depois o alemão dá a sua opinião. Se fosse um brasileiro, ogoverno brasileiro pagaria a passagem e o governo alemão as diárias, e vice-versa. O acompanhamentoda execução do projeto, o pagamentos de despesas etc., é feito pelo CNPq e pelo GMD lá na Alemanha.Basicamente, o convênio abrevia os procedimentos burocráticos do CNPq; o projeto não tem que passarpor vários comitês nem pela diretoria científica. O candidato me envia o projeto; eu leio, dou opinião.Concomitantemente, esse projeto está sendo enviado a meu colega alemão, que também dá seu parecer.Uma vez tudo aprovado, mando para o CNPq, que geralmente aprova. Só que depois os pesquisadorestêm que mandar um relatório dizendo o que fizeram. Ao longo de tempo, essa agência alemã mudoude nome para KFL, mas o convênio manteve o nome CNPq–GMD. No início, meu correspondenteera Otto Endler, esse matemático alemão que morava no Brasil. Ele passava seis meses aqui e outros113

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