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IMPA 50 Anos

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A evolução da indústria do petróleoO senhor participou da banca de concurso para professor titular do Laboratório de Engenharia e Exploração dePetróleo da Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Macaé. Como vê a atuação dessa universidade,localizada no norte do estado, numa cidade sem nenhuma tradição acadêmica?É um mistério. O que posso dizer é o seguinte: a Petrobrás produz petróleo lá e gera um fluxo de recursos.Assim, não consigo ver nenhuma dificuldade para que a área ligada à engenharia de petróleo sedesenvolva; em outras, é mais difícil que vá ser um sucesso. O fato de ficar localizado em Macaé e nãoem Campos, sede da UENF, cria um problema, porque o intercâmbio com o restante da Universidadefica prejudicado. Esse é um problema não resolvido. O candidato a professor titular, Pavel Bedrikovetsky,é um russo que foi consultor da Petrobrás nos anos 90. Como a empresa estava proibida decontratá-lo, ele decidiu fazer concurso para a UENF e passou. E nós mantemos colaboração científica.São verdadeiras as notícias de descoberta de petróleo ao largo do litoral de Santa Catarina?Ao longo de toda a costa brasileira existem boas chances de descoberta de petróleo. Ali já é bacia deSantos. Nossa área costeira ainda está em franca expansão.O Brasil pode pensar em auto-suficiência?Pode e deve! Aliás, acho que não tem outra alternativa. Já havia uma recessão antes dos atentados de11 de setembro de 2001. Agora, uma recessão mundial é inevitável, e o país não vai conseguir exportar.A única coisa que pode fazer é diminuir as importações, e uma coisa a ser diminuída é o petróleo. Éuma política da Petrobrás aumentar a percentagem de petróleo que produz, o que é correto. Talvez nãoseja o caso de ficarmos 100% auto-suficientes, mas uns bons 90% valem a pena. Ainda não chegamos lá,estamos em pouco mais de 70%.E é basicamente em alto mar?Quase todo. Uma região ainda inexplorada é a Amazônia. Pelo lado peruano da Amazônia, há enormequantidade de gás condensado, que é essencialmente gasolina. Então, se o Brasil explorasse lá, certamenteencontraria. Os custos são elevados, para levar equipamento ao local e depois retirar o gásproduzidos. Além disso, seria preciso construir gasodutos longuíssimos. Mas acho que isso acaba acontecendo.Aliás, escrevi um trabalho a respeito de transporte de gases, de modo que tenho uma vagaidéia do que se trata. Gasoduto é uma maneira extremamente eficiente de transportar energia. É literalmenteuma rede de transmissão. Uma vez construído, sua manutenção não é cara, salvo em casode atentados. Então, é uma coisa que realmente vale a pena. Acredito que, com a exaustão de nossaspossibilidade hidrelétricas, teremos que partir para as usinas termelétricas. É mais barato transportar ogás do que gerar energia através de linhas de alta tensão de longa distância. E sempre se pode bombearnovamente; uma bomba é mais barata que um transformador de altíssima voltagem.75

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