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IMPA 50 Anos

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primeiro Colóquio comparecem <strong>50</strong> pessoas — existe uma fotografia com todo mundo — e hoje são pertode 1.300 os participantes, gente do mundo inteiro.Quando o <strong>IMPA</strong> começou a receber alunos estrangeiros?Desde cedo. Jorge Sotomayor, peruano; Ivan Kupka, tcheco naturalizado francês, e um brasileiro mineiro,Aristides Barreto, foram os três primeiros doutores do <strong>IMPA</strong>, em 64. Era ainda um doutoradomeio desordenado, sem as formalidades de hoje; os três foram orientados por Mauricio Peixoto. Nessaépoca os diplomas eram expedidos pela UFRJ, através de um convênio de cooperação. Em 1968 oConselho Federal de Educação aprovou o parecer de Newton Sucupira regulando a pós-graduação noBrasil, e começou o processo de reconhecimento dos cursos. Um dos primeiros foi o programa do CBPF,em 1969 ou 70; o do <strong>IMPA</strong> foi o primeiro de mestrado e doutorado em matemática a ser reconhecidopelo Conselho, em 71. Aí o <strong>IMPA</strong> passou a poder emitir diplomas. Copiamos um pouco o diploma daUniversidade da Califórnia, adaptamos e fizemos um diploma pequeno, austero, que foi impresso naThomas de la Rue.Como foi a transferência do <strong>IMPA</strong> para a nova sede, em 1981?Primeiro, tivemos que enfrentar a aquisição do terreno. Sempre foi uma preocupação ter uma sedeprópria. Em meados da década de 60, surgiu uma possibilidade na rua Dona Mariana, uma casa grande,com um terreno bonito. Fomos visitá-la, mas acabamos não comprando, porque não tínhamos o dinheiro— <strong>50</strong>0 mil cruzeiros, era caro para nós. Nova oportunidade apareceu quase dez anos depois;perto da PUC, onde hoje é o Planetário, tinha sido erradicada uma favela. O governo do estado daGuanabara foi contactado para ceder parte do terreno ao <strong>IMPA</strong> — 1.<strong>50</strong>0 m 2 chegaram a ser demarcados,e fizemos o projeto de um prédio de seis ou sete andares. Como eu já tinha certa experiência, pedimosa um desenhista o projeto que queríamos. Mas aí começou um problema infernal, porque o governodo estado não se resolvia, o processo não andava. Lá por 1973 estávamos cansados daquela históriae decidimos desistir. Começamos a procurar terrenos pelos classificados de jornal. Nessa altura, JoséPelúcio Ferreira era presidente da FINEP e prometeu que, se conseguíssemos o terreno, ele financiariaa compra. Um dia, abro o jornal e descubro que estava à venda um terreno perto da minha casa,no Jardim Botânico, ali para cima. Fui visitar e fiquei encantado! Terrenão, com 30 mil m 2 . E era deuma associação católico-judaica, da Casa Nossa Senhora da Paz, liderada pelo conhecido frei Leovegildo,com o ex-deputado do PTB, Boris Nicolaevski. Falei com o general Façanha no CNPq, o Pelúciodando a maior força, mas era preciso ter licença do Conselho Diretor do CNPq. Cheguei à reunião noCD, animadíssimo, expus a história e consegui a aprovação da compra, por 5,4 milhões de cruzeiros.Começamos a fazer o projeto.Pensaram em promover algum concurso entre arquitetos?O CNPq transformou-se em fundação em 1975, como disse a vocês, o que nos deu uma flexibilidadebrutal. Além disso, José Dion de Melo Teles assumiu a presidência e deu o maior apoio. Eu conhecia195

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