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IMPA 50 Anos

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com aquele país também através da matemática. Um artigo que escrevi com o Aloisio, em parte duranteuma visita ao <strong>IMPA</strong>, foi lido por um matemático francês, Ivar Ekeland — na verdade, ele era o pareceristapara o Journal of Economic Theory. O Ivar ficou curioso e me procurou quando foi a Chicago daruma palestra no Departamento de Matemática; foi como nos conhecemos. Então, criei essa ligação como Ivar e comecei a ir à França. Inicialmente, tivemos um financiamento da National Science Foundation,que tinha um programa Estados Unidos–França; com isso, passei a ir freqüentemente àquele país paradar palestras e participar regularmente como professor visitante na Universidade de Paris-Dauphine,na qual viria receber, em junho de 2001, o título de doutor honoris causa. Os franceses foram extremamentegentis comigo; as honrarias me pegaram completamente de surpresa. Na França, como no Brasil,a tradição da economia vem do direito. A economia mais formal, americana, é em grande parte feita nasgrandes écoles, que são as escolas de engenharia, ou nos departamentos de matemática aplicada. Agorajá está mudando, os departamentos de economia são mais parecidos com os americanos, mas há dez,15 anos isso não era verdade. O Departamento de Matemática Aplicada de Dauphine, um dos melhoresdo mundo, construiu ao mesmo tempo um grupo de finanças e economia matemática. Como ia freqüentementea Dauphine neste período, procurei ajudar neste processo de caminhar na direção de economiae finanças.Consultorias e produção acadêmicaApesar de uma carreira marcadamente acadêmica, o senhor teve uma passagem pelo mercado, como vice-presidenteda Goldman Sachs. Como foi a experiência?Por volta de 1987, comecei a pensar em morar em Nova York, curiosidade de muitos brasileiros. Inicieiconversações com a Universidade de Columbia, e, no meio dessas conversas, um amigo meu, ex-colegaem Chicago, me telefonou, perguntando se eu gostaria de trabalhar com ele na Goldman Sachs, queestava formando um grupo de financial strategies. Decidi que era uma maneira de morar em Nova Yorke tirei licença de um ano da Universidade de Chicago. À medida que o tempo ia passando, fui ficandoem dúvida sobre a volta. Pedi à Universidade mais seis meses de licença para tomar uma decisão econsegui, mas ao final de um ano e meio em Nova York, voltei para Chicago. A Goldman Sachs é umafirma com muita projeção no lado high tech de banking. Para eles ajudei a desenvolver um sistema derisk management, controle de risco, uma atividade que entrou em moda nos anos 90, depois que muitosbancos perderam dinheiro com aquelas crises todas. A partir daí, comecei a ter convites para ir a bancospassar um tempo, o que era uma coisa bastante lucrativa. Nunca foi meu interesse principal. Fui emalgumas vezes por uma semana, durante as férias, o que não requeria novos pedidos de licença emChicago.179

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