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IMPA 50 Anos

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criado no Rio de Janeiro, em 1986; fiquei como sócio dessa empresa por dez anos. Quando se abriu apossibilidade da Internet comercial no Brasil, vi a chance de desenvolver negócios, e em 1995 criei, comalguns amigos, um provedor de acesso aqui no Rio. Quando a Internet comercial explodiu, comeceia receber vários convites de pessoas que queriam que eu participasse de outros projetos. Eu estavabastante satisfeito com o que tinha realizado no <strong>IMPA</strong> e estava procurando novos desafios. Fiz umprojeto para a Internet e apresentei a bancos de investimento. Tinham chegado definitivamente aoBrasil os investimentos na modalidade de venture capital, em que o banco faz um aporte de capitalem troca de uma participação societária; percebi que era uma chance de montar uma empresa startup capitalizada por um investidor. Fiz o business plan e apresentei a três bancos de investimento; umdeles foi o Opportunity. Um grupo que fazia investimentos em Internet se interessou pelo projeto, edurante as conversas sobre o projeto me convidaram para trabalhar no grupo. Criamos uma empresapara fazer investimentos de venture capital chamada Innovate. Permaneci como diretor-presidente daInnovate durante dois anos; temos hoje três investimentos na Innovate. No momento sou presidente deuma outra empresa do Opportunity que atua na área de Internet Móvel, chamada w-Aura. Assumi aempresa com o objetivo de fazer uma reestruturação, reduzir custos e refazer o plano de negócios.O <strong>IMPA</strong> como Organização SocialO senhor chegou a participar das discussões que culminaram na transformação do <strong>IMPA</strong> em Organização Social?Participei intensamente da etapa inicial e fui favorável desde a primeira hora. Sei que há riscos, porémisto é inerente a um processo de evolução. É necessário sair da área de conforto para progredir. Aceitara proposta do governo de transformar o <strong>IMPA</strong> em Organização Social foi um risco muito bem calculadopelo Jacob Palis e por toda a diretoria, da qual eu fazia parte. Acho que foi uma decisão corretíssimado <strong>IMPA</strong>. Pode dar errado? Claro, mas acho que a probabilidade é mínima. Até o momento, pelo quetenho conversado com vários colegas do Instituto, está indo bem. Melhorou muito a parte administrativa,o fluxo e flexibilização de recursos, e houve a criação do novo mestrado na área de finanças.O processo foi bem conduzido, inclusive pelo lado do governo. Antes de ser assinado o contrato, foifeito um planejamento estratégico da instituição para definir objetivos e estabelecer métricas de performance.Como se trata de uma instituição com um valor intangível muito grande, tudo isso suscitoumuitas discussões, extremamente válidas, sobre como mensurar esses valores. Sempre procurei fugirde posições de conforto. Quando estava me sentindo muito confortável, eu ficava preocupado, poissentia algo estava errado. Tenho que me sentir meio desconfortável, correndo riscos, o que significaque estou evoluindo. As instituições também são assim, porque são organismos vivos. Uma instituiçãoé como uma pessoa; sofre nesse processo, precisa de desafios, precisa de um certo estresse para poderevoluir. Quem conhece bem a história do <strong>IMPA</strong>, sabe que esse não foi o primeiro estresse, e certamentenão será o último. Para o <strong>IMPA</strong>, é fundamental manter a qualidade da pesquisa, que está diretamenterefletida na qualidade das pessoas que lá estão. Isso é que é o importante. O Instituto vai ter que fazer163

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