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IMPA 50 Anos

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membro do Comitê Científico do Centro Internacional de Matemática Pura e Aplicada, em Nice, naFrança, entre 1978 e 1982. Esse vaivém internacional tem vantagens, porque amplia as possibilidades decontatos e é importante para a sua pesquisa. Mas o principal desse período foi o esforço realizado paramovimentar o departamento; o programa de intercâmbio foi muito importante. É vital ter matemáticosvisitantes de bom nível; tivemos em Brasília matemáticos de primeira linha, que ficavam um, dois mesesdando cursos, estabelecendo contatos, gerando pesquisas. O doutorado em Matemática na UnB foimontado nesse período; meu primeiro orientando de doutorado é da UnB, em 1978.Presidente da Sociedade Brasileira de MatemáticaDurante a década de 70 o senhor continuou a manter contatos com o <strong>IMPA</strong>?Sempre tive bom relacionamento com o pessoal do <strong>IMPA</strong>; participei de alguns colóquios, fui membrodo Conselho Técnico Científico por muito tempo, entre 1975 e 84, mas não acompanhei o dia-a-diada instituição. Sei que o <strong>IMPA</strong> recebeu bastante apoio de José Pelúcio Ferreira, que presidia a FINEP.Pelúcio foi uma pessoa extremamente importante para a ciência brasileira. Em todo o período militar,sempre teve uma visão muito correta. Já em 1971, quando ainda estava no BNDE, Pelúcio decidiufinanciar projetos em matemática. Lembro que fiz um projeto para o Banco logo que cheguei ao Brasil;auxílios da FINEP nem existiam ainda. Outro importante ponto de contato com o <strong>IMPA</strong> aconteceuquando presidi a Sociedade Brasileira de Matemática, entre 1977 e 1979. A Sociedade funciona nasdependências do Instituto e assim, eu ia lá freqüentemente. Considero que essa é a melhor solução paraa SBM, porque no <strong>IMPA</strong> existe toda uma estrutura de apoio. Em 1978, como presidente da Sociedade,chefiei a delegação brasileira ao Congresso Internacional de Matemática em Helsinqui, na Finlândia;Jacob Palis e Manfredo do Carmo, professores do <strong>IMPA</strong>, fizeram parte da delegação. Também fui editorchefedo boletim da Sociedade Brasileira de Matemática durante quatro anos, de 84 a 88. O boletim saiduas vezes por ano, e era fácil ser seu editor e tratar da publicação, dada a boa estrutura administrativaoferecida pelo <strong>IMPA</strong>.Em 1983 o senhor recebe pela segunda vez a bolsa Guggenheim. Foi novamente para os Estados Unidos?Sim, passei 83 e 84 em Wisconsin, Madison, trabalhando sempre na mesma área: Equações DiferenciaisParciais. Lá estavam Paul Rabinowitz e um grupo de matemáticos muito bons. No biênio seguinte,1985–86, fui para Coral Gables, em Miami, como professor titular visitante. Aconteceu que, no finaldo governo Figueiredo mudou a reitoria da Universidade de Brasília; o Conselho Diretor da Fundaçãofez uma lista sêxtupla de candidatos à reitoria e a enviou à ministra da Educação, Ester de FigueiredoFerraz. Geraldo Ávila vinha em primeiro lugar, eu em segundo e Cristóvam Buarque em terceiro; aministra nomeou o Ávila, o primeiro da lista. Aí mudou o governo, de Figueiredo para José Sarney, ecomeçou uma intensa atividade política na Universidade; a Associação de Docentes ficou contra ele. Os87

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