12.07.2015 Views

IMPA 50 Anos

IMPA 50 Anos

IMPA 50 Anos

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

de três Prêmios Nobel, não sei quantos membros da Academia de Ciências dos Estados Unidos, algunsjovens bastante barulhentos, e começou a conversar sobre economia. Os físicos sabiam que ele estavarepresentando o Citibank; os economistas não o conheciam, só sabiam que ele era brasileiro. Dali apouco, estava todo mundo perguntando: “Mas, afinal, quem é esse sujeito?!” Evidentemente, Mario podiadiscutir como qualquer um de nós. O tipo de conversa que estávamos tendo era num altíssimo nívelde abstração. A reunião era exatamente para você ver como os físicos podiam pensar em problemaseconômicos e como os economistas podiam aprender a metodologia dos físicos para usar em economia.Para mim, esse foi um encontro muito importante; diversos trabalhos que fiz depois foram influenciadospor aquela reunião. Mas foi muito curioso, porque Mario Henrique participou dela como ele erarealmente, ou seja, um intelectual, um par, e isso, tendo comparecido como representante da pessoa queestava pagando a conta.Suas viagens ao Brasil foram a trabalho?Sim, vim muito para dar cursos, conferências. Semana passada, aliás, estive em São Paulo, no I Encontroda Sociedade Brasileira de Finanças, convidado para dar a primeira palestra do encontro; falei sobre aminha pesquisa sobre competição entre mercados financeiros.O que o senhor está pesquisando agora?Como sempre, faço um leque amplo de coisas; estou fazendo um trabalho em finanças, outro no quechamo de interações sociais em economia e ainda outro em econometria teórica.Que instituições o convidavam a vir ao Brasil?No começo, a EPGE me convidava quando Mario Henrique Simonsen organizava reuniões com RudiDornbush — lembro de pelo menos duas. De vez em quando, vinha também dar palestras no <strong>IMPA</strong>.Por essa época, começou a haver uma reunião anual latino-americana da Sociedade Econométrica, àqual passei a comparecer. Como tinha vindo da matemática e tinha passado por Rochester onde nãohavia outros alunos de economia brasileiros, não conhecia muito colegas no Brasil; passei a estreitar osvínculos depois daquela primeira estada aqui. Conheci melhor as pessoas da PUC, o pessoal da EPGEque não tinha passado por Chicago, ou que tinha passado antes da minha chegada, e comecei a tercontato com os paulistas. Talvez por isso, só nos anos 90 comecei a ser convidado novamente para aAnpec; sou convidado todo ano e venho sempre que posso. Gosto muito de vir às reuniões da Anpec;na próxima, darei a aula magna, o que me deixa muito honrado.Seu reconhecimento pelos economistas brasileiros iniciou-se, então, na década de 80?Acredito que sim. Comecei a ter certas ligações importantes aqui no Brasil. Aliás, nessa época estavadesenvolvendo uma ligação também relevante com a França. É uma coisa que não é puramente intelectual— obviamente, gosto de lá pois, como todo brasileiro, sou francófilo. Comecei os meus contatos178

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!