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IMPA 50 Anos

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Em 1977 o senhor ainda volta ao Brasil como professor associado, mas já entra numa roda-viva de contatos internacionais?É verdade. Em 76, quando saí com a bolsa Guggenheim, não considero que já estivesse nesse circuito.Só atingi minha maturidade científica a partir de 79, 80. E a partir daí, minhas viagens passaram aser constantes e importantes. Por exemplo, fui ao México em 79, convidado pelo Instituto PolitécnicoNacional, o ESFM, para passar quatro meses dando seminários de pesquisa que serviriam para sugerirtemas de teses aos doutorandos. Foi nessa época que escrevi notas de vários seminários que eu deilá, e aproveitei muito desse material mais adiante. Nunca publiquei essas notas na íntegra, mas foium período bem interessante, em que me aprofundei em vários temas que ainda não tinha estudadoseriamente.O senhor tinha alguma informação sobre o desenvolvimento acadêmico do México?Não conhecia nada do país! Foi a primeira vez que fui ao México. Achei maravilhoso, uma cultura completamentediferente. Eu tinha uma certa atração pelo México por causa da minha formação artística;os muralistas mexicanos são fantásticos! Sob esse aspecto, realmente não me decepcionei; foi uma viageminteressante e encantadora. Mas na parte científica, da matemática, eu diria que eles estavamainda muito aquém, eram um pouco primitivos, comparados ao <strong>IMPA</strong>. Portanto foi bastante naturalchamar alguém do <strong>IMPA</strong>, com mais experiência. O fato é que, a partir daí passei a comparecer a váriasreuniões internacionais. Em 81, participei de um encontro muito importante no Instituto Oberwohlfach,um instituto alemão inteiramente dedicado a reuniões científicas. Passei a freqüentar, regularmente, asreuniões da minha área, realizadas a cada dois anos. Nessa altura, também já tinha começado a viajarconstantemente aos Estados Unidos.Os Colóquios de Matemática e as Escolas de ÁlgebraUm dos eventos mais importantes promovidos pelo <strong>IMPA</strong> são os Colóquios Brasileiros de Matemática. Os senhorparticipa normalmente desses encontros?Ah, certamente! Meu primeiro Colóquio foi em 1963, ainda em Poços de Caldas (MG); fui como alunode graduação. Talvez tenha sido ali o meu primeiro contato com o <strong>IMPA</strong>, mas não ficava claro paramim se era o <strong>IMPA</strong> ou o CNPq. Naquela época, o mundo matemático era muito pequeno; então, todomundo se encontrava no Rio, onde era fretado um ônibus para Poços de Caldas, passando por aquelasmontanhas altíssimas. Lembro de uma vez estar no ônibus — isso já foi num Colóquio posterior, porqueeu já era pesquisador — e de um matemático que estava do meu lado olhar para fora e dizer: “Olheque precipício enorme! Você já pensou se esse ônibus cair lá embaixo? Morrerá mais da metade damatemática brasileira.” O Colóquio Brasileiro de Matemática é uma iniciativa exclusiva do <strong>IMPA</strong>, comparticipação de matemáticos de diversas instituições do país e do exterior. É tradicional. Há outras27

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