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IMPA 50 Anos

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programa; há um na Itália, outros nos Estados Unidos e França. No Peru o projeto ganhou o apoio dastrês universidades mais importantes, que são, além da engenharia, a Universidad de San Marcos e aUniversidad Católica, que contribuem com o IMCA, para mantê-lo e para que possa crescer. Em 1999,o presidente Fernando Henrique Cardoso esteve no Peru, e eu fui convidado para acompanhar a comitiva.Ao saber da existência do IMCA num encontro que tivemos em Lima, ele prometeu ajuda, o quese transformou num projeto de cinco anos de apoio brasileiro para o IMCA.Em que consiste o apoio?Em uma contribuição em dinheiro com contrapartida peruana para as seguintes finalidades: visita dematemáticos brasileiros ao Peru; tradução de livros brasileiros para o espanhol, realização de congressoscom forte participação brasileira, um estímulo a outras áreas de colaboração, como por exemploarqueologia, astronomia, engenharia de petróleo, ciência de materiais, que estamos articulando.Vice-diretor do <strong>IMPA</strong>Em 1991 o senhor assume um segundo mandato como presidente da Sociedade Brasileira de Matemática. Deucontinuidade aos trabalhos?Isso mesmo. Foi um período mais calmo, mais maduro, com uma matemática mais inserida no meiopolítico e científico. A maior parte do meu mandato coincidiu com o governo Collor. Lembro de tervisitado umas três ou quatro vezes, junto com delegações da SBPC, o ministro da Fazenda, MarcílioMarques Moreira, porque era um momento de turbulência e precisávamos liberar recursos.E em 1992, o senhor se tornou membro da Academia Brasileira de Ciências.É verdade. Para isso, precisei naturalizar-me; para entrar para a Academia é preciso ser brasileiro. Porisso, eu não tinha entrado antes.Finalmente, em 1993 o senhor se tornou vice-diretor do <strong>IMPA</strong>, na chapa de Jacob Palis.De fato, houve um entendimento de que o Jacob seria o diretor, mas não foi imediata a decisão sobre avice-diretoria, porque se trata de um cargo de confiança do diretor. Meu nome foi uma escolha pessoaldo Jacob. Assumi o cargo, mas não me afastei da pesquisa. É uma convivência difícil entre atividadesadministrativas e acadêmicas; as primeiras demandam tempo, e as últimas demandam muito tempo,perseverança e calma. O importante é encontrar o equilíbrio, e isso não é trivial. Quando coordenei oComitê Assessor de Matemática do CNPq, entre 1995 e 1997, a coisa apertou um pouco; aí tive certosmomentos de hesitação, se devia ajudar nisso ou não, porque era uma experiência diferente, que levavaa tratar com gente de outras áreas, ao mesmo tempo entender as preocupações das outras áreas e, maisdifícil ainda, fazer com que eles entendam as suas. E esse foi um aprendizado para mim, pois tenho61

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