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IMPA 50 Anos

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anos, tanto que quando organizamos o Simpósio Internacional de Sistemas Dinâmicos, em Salvador,em 1971, foi um grande simpósio. Teve o comparecimento de grandes matemáticos, como Steve Smale,René Thom, John Mather.Foi nesse Colóquio que houve uma manifestação de solidariedade ao matemático Alexandre Magalhães da Silveira?Foi nesse mesmo. Estávamos no governo Médici, e os estrangeiros não tinham idéia da situação políticado Brasil. Smale decidiu liderar uma homenagem a Alexandre Magalhães, aluno do <strong>IMPA</strong>, que tinhasido preso e depois solto. O clima ficou muito tenso, mas as coisas acabaram se acertando. Basicamente,os estrangeiros não entenderam as regras do jogo; tinham sido convidados para vir aqui fazermatemática. Só. Vivíamos sob um certo regime, que impunha algumas limitações.Presidente do CNPq e da ABCO senhor foi vice-presidente do CNPq entre 1971 e 1973, durante o “milagre” econômico brasileiro, período emque as instituições de pesquisa do país foram beneficiadas com verbas abundantes.É verdade. Como o <strong>IMPA</strong> era um órgão do CNPq, pude ajudá-lo bastante. A essa altura, o Lindolphojá tinha voltado para a direção do <strong>IMPA</strong> e me substituiu na cadeira de Mecânica Racional na Escola deEngenharia da UFRJ, de onde pedi licença para me dedicar ao CNPq.Quando o senhor começou a dar aulas na USP?Em 1973, quando saí do Conselho fui dar aulas no IME, o Instituto de Matemática e Estatística da USP;passava três dias em São Paulo e voltava. Fui para lá com vantagens substanciais que aqui não havia,absolutamente. Havia uma enorme diferença entre São Paulo e Rio, enorme! A Universidade de SãoPaulo funciona regularmente, tem uma rotina; já aqui no Rio, por exemplo, cada concurso no Institutode Matemática é um verdadeiro terremoto! Na realidade, eu me transferi da Universidade Federal doRio de Janeiro para São Paulo, levando todo o meu tempo de serviço; aposentei-me pela USP em 1978.Praticamente, a partir de 1964, meu contato com o <strong>IMPA</strong> passou a ser esporádico. Eu participava doscolóquios, dos debates, tinha contato com o Conselho Técnico Científico, do qual era membro, masdeixei de ser pesquisador com vínculo diário. Hoje, apesar de aposentado, estou mais presente nodia-a-dia do <strong>IMPA</strong> do que naquela época.No final da década de 70, quando Elon Lages Lima estava novamente dirigindo o <strong>IMPA</strong>, o senhor presidia o CNPqe o dr. Lindolpho era seu vice?Sim. Quando Mario Henrique Simonsen assumiu o Ministério do Planejamento, no início do governoFigueiredo, convidou-me para a presidência do CNPq; fiquei no cargo de 1979 a 1980. Foi duranteminha gestão que aceleramos a construção do novo prédio do <strong>IMPA</strong>, iniciada ainda durante o governo247

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