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IMPA 50 Anos

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A importância do <strong>IMPA</strong>Além do <strong>IMPA</strong> e da Universidade Federal de Pernambuco, que outras instituições podem ser destacadas comocentros de excelência na matemática, com produção expressiva?Unicamp, USP. Em geral, universidades públicas, essencialmente federais, e estaduais no caso de SãoPaulo. Não destacaria nenhuma universidade privada no Brasil. Quem investe em pesquisa ainda é opoder público. Mas há um outro aspecto, que é o fato de que a maturidade da matemática permitiu quevárias instituições federais nos estados já tivessem amadurecido seus programas de mestrado, além dequalquer questionamento de qualificação. E portanto, agora a preocupação da qualificação transferiusepara o doutorado. Como mestrado, posso citar vários centros excelentes nos estados: Pernambuco,Ceará, Minas Gerais, certamente Brasília, evidentemente Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina.. . Em nível de doutorado a qualificação é mais sutil, a pirâmide fica um pouco mais estreita. Eudiria que há bons centros, não muitos; Pernambuco é um deles; Fortaleza é razoável numa área maisestrita, que é Geometria Diferencial; Brasília é um bom centro, assim como Porto Alegre. O Rio de Janeiroconta com o <strong>IMPA</strong>; a UFRJ é um bom centro, apesar de sua estrutura departamental ser um poucocomplicada; a UFF está se solidificando agora. Eu acho que essa coisa vai amadurecer, mas não é desejávelque o país tenha tantos centros de doutorado, porque pode ser um desperdício de recursos. Nãoadianta exagerar.O <strong>IMPA</strong> continua sendo, então, o principal centro de excelência em ensino e pesquisa de matemática no Brasil?Sem a menor dúvida. É claro que a maioria das coisas que eu poderia dizer dele estão mais ou menosespalhadas ao longo dessa nossa conversa. O <strong>IMPA</strong> foi na minha época, e continua sendo cada vezmais, uma instituição de excelência. E teve tradicionalmente esse papel de apontar a direção, de dar oexemplo para outras instituições de matemática no Brasil. Sempre foi como uma bandeira lá no alto domonte para a qual podíamos olhar, quando a situação ficava muito ruim, e dizer: “Ainda é possível, ocaminho é por ali.” Mas já disse no CTC, já disse ao Jacob e ao Camacho várias vezes que ultimamenteo <strong>IMPA</strong>, talvez até por problemas de estruturação interna, vem relegando um pouco essa liderançaque mantinha tradicionalmente no país. E que certamente não pode perder, porque é extremamenteimportante. Ninguém ocupou esse lugar de líder, o que não é bom, o que talvez explique um pouco essaperda de terreno da matemática no seio das outras ciências exatas. Veja bem, no passado mantínhamosjunto à FINEP o PIM, Programa Integrado de Matemática. A FINEP se preocupava em financiar amatemática brasileira de forma coordenada, e nesse programa era expressiva a liderança do <strong>IMPA</strong>, alémda participação de várias outras instituições. Isso foi cancelado pela FINEP — aliás, a FINEP tem hojeuma feição completamente diferente — e apareceram outras formas de financiamento. Acho que isso foiuma grande perda; discutimos isso no CTC. E foi uma coincidência muito feliz que o <strong>IMPA</strong> estivessemudando sua estrutura e que o Ministério de Ciência e Tecnologia tivesse insistido nesse aspecto daliderança do Instituto no país. Daí a transformação do <strong>IMPA</strong> em Organização Social, que firma um35

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