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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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101 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

são colocadas de leve uma ou duas mãos, para apontar as letras. Há muita coisa<br />

confusa nas respostas, mas de vez em quando vem algo que nos surpreende. Não<br />

tenho ideia formada a respeito, mas em um ou dois anos pode acontecer algo de<br />

curioso. Entretanto estou satisfeito com a realidade do fenômeno. Como eu, muitas<br />

outras pessoas conhecem estes fenômenos, experimentando em suas próprias casas.<br />

Se você é um filósofo, pense o que quiser.”<br />

Quando o Professor De Morgan diz que algum Espírito estava lendo seus<br />

pensamentos, deixa de observar que o incidente da primeira letra era prova de<br />

qualquer coisa que não estava em sua mente. Assim, da atitude de Mrs. Hayden<br />

durante a sessão, é claro que se tratava de sua atmosfera e não de sua atual<br />

personalidade consciente. Outras provas importantes do De Morgans vão para o<br />

Apêndice.<br />

Mrs. Fitzgerald, a conhecida figura dos primeiros tempos do Espiritismo<br />

em Londres, publica no The Spiritualist de 22 de novembro de 1878, a notável<br />

experiência feita com Mrs. Hayden, que damos a seguir:<br />

“Meu primeiro contacto com o Espiritismo se deu há trinta anos, quando<br />

da primeira visita a este país feita pela conhecida médium, Mrs. Hayden. Fui<br />

convidada a vê­la numa reunião dada por uma amiga em Wimpole Street, em<br />

Londres. Tendo antes assumido para aquela tarde um compromisso que não podia<br />

cancelar, cheguei atrasada, depois de uma cena extraordinária, da qual todos<br />

falavam animadamente. Meu olhar de desapontamento foi notado e Mrs. Hayden,<br />

que então encontrava pela primeira vez, adiantou­se muito bondosa, exprimindo o<br />

seu pesar e sugerindo que me sentasse a uma mesinha, separada das Outras pessoas,<br />

e que iria pedir aos Espíritos que se comunicassem comigo. Tudo isso era tão novo<br />

e surpreendente que eu quase não compreendia o que ela estava dizendo ou o que eu<br />

devia esperar. Ela colocou um alfabeto impresso à minha frente, um lápis e uma<br />

folha de papel. Enquanto isto fazia, senti extraordinariamente as batidas sobre a<br />

mesa, cujas vibrações me atingiam a planta do pé, apoiado sobre o pé da mesa.<br />

Então ela me ensinou a anotar cada letra indicada por uma batida distinta e, com<br />

essa simples explicação, deixou­me entregue a mim mesma. Indiquei, como<br />

desejava, e uma batida distinta marcou a letra E; outras se seguiram até formarem<br />

um nome que eu não podia ignorar. Foi dada a data da morte, que eu ignorava e<br />

acrescendo uma mensagem que trouxe á minha memória as últimas fracas palavras<br />

de uma velha amiga, a saber: ‘Velarei por ti!’ Então se desenhou vivamente em<br />

minha memória a lembrança de toda a cena. Confesso que fiquei estupefata e algo<br />

aterrada. Levei o papel no qual tudo isso fora escrito e ditado pelo Espírito de minha<br />

amiga ao seu último procurador e ele me garantiu que as datas, etc. , estavam<br />

perfeitamente corretas. Não tinham ficado em minha mente porque eu não me tinha<br />

preocupado com elas.”<br />

É interessante notar que Mrs. Fitzgerald declara que supunha que a primeira<br />

sessão de Mrs. Hayden em Londres tinha sido feita com Lady Cambermere, seu<br />

filho, o Major Cotton, e Mr. Henry Thompson, de York. No mesmo volume de The<br />

Spiritualist, à página 264, aparece o relato de uma sessão com Mrs. Hayden,<br />

realizada em vida de Charles Young, o conhecido ator trágico, escrito por seu filho,<br />

o Reverendo Julian Young:<br />

“19 de Abril de 1853. Neste dia fui a Londres com o propósito de<br />

consultar meus advogados sobre assunto de importância para mim e, tendo ouvido<br />

falar muito de uma Mrs. Hayden, senhora americana e médium espírita, desde que

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