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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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287 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

ocasionalmente este fala, ocasionando uma súbita mudança de forma de falar, da<br />

terceira pessoa do singular para a primeira, como, por exemplo: “Estou aqui, Papai.<br />

Ele diz que quer falar. Sinto­me tão bem e tão feliz! Ele acha tão maravilhoso falar<br />

convosco...” e assim por diante.<br />

Pelo menos é uma experiência maravilhosa. Uma vez o autor recebeu uma<br />

longa série de mensagens referente à sorte futura do mundo, através da mão de sua<br />

esposa e de sua voz, no seu próprio grupo doméstico. Ao visitar Mrs. Leonard, nada<br />

disse a respeito, nem havia de modo algum dado a conhecer o assunto. Apenas se<br />

havia assentado e tomado o bloco onde pretendia tomar notas do que ocorresse,<br />

quando seu filho anunciou a sua presença e falou seguidamente durante uma hora.<br />

Durante esse longo monólogo mostrou um íntimo conhecimento de tudo quanto<br />

tinha acontecido no grupo doméstico e ainda numerosos detalhes da vida da família,<br />

absolutamente desconhecidos da médium. Em toda a entrevista não houve qualquer<br />

engano em relação aos fatos, põsto houvesse referência a muitos deles.<br />

Uma pequena parte dos menos pessoais pode servir de exemplo:<br />

“Há muito progresso falso no campo mecânico material. Isto não é<br />

progresso. Se se constrói um carro para andar mil milhas este ano, então se constrói<br />

outro para andar o dobro no ano seguinte. Nem por isso é melhor. Desejamos<br />

progresso real — a saber, da mente e do Espírito e tornar como um realidade que há<br />

um mundo espiritual. Enorme auxílio poderia ser daíio do nosso lado, bastando que<br />

a gente da Terra se adaptasse para o receber. Mas não podemos forçar o nosso<br />

auxílio aos que não estão preparados para ele. Este é o vosso trabalho preparar gente<br />

para nós. Alguns são tão irremediavelmente ignorantes, mas lançam a semente,<br />

mesmo quando não a vedes germinar. O clero é tão limitado em suas ideias e tão<br />

amarrado a um sistema já obsoleto! É como se servissem comida velha de uma<br />

semana, em vez de recentemente preparada. Sabemos quanto é maravilhoso o Cristo.<br />

Sabemos do seu amor e do seu poder. Ele pode ajudar a nós e a vós. Mas o fará<br />

acendendo novos fogos e não ciscando sempre as velhas cinzas. Eis o que desejamos<br />

— o fogo do entusiasmo nos dois altares da imaginação e do conhecimento.<br />

Algumas pessoas afastam a imaginação, que é, muitas vezes, a porta do<br />

conhecimento. As Igrejas tiveram o ensino certo, mas não o puseram em ação. O<br />

conhecimento espiritual que se possui, deve ser demonstrado de modo prático. O<br />

plano em que viveis é um plano prático, no qual aguarda­se que ponhais em prática<br />

o vosso conhecimento e a vossa fé. Em nosso plano, conhecimento e fé são ação —<br />

a gente pensa uma coisa e imediatamente a põe em prática; mas na Terra muitos há<br />

que dizem que uma coisa é certa, mas nunca a fazem. A igreja ensina mas não<br />

demonstra o seu ensino. Sabeis que por vezes o quadro negro tem utilidade. É o de<br />

que precisais. Deveis ensinar e, depois, demonstrar no quadro negro. Assim, os<br />

fenômenos físicos são realmente mais importantes. Haverá alguns nesta violenta<br />

comoção social. Agora é difícil a nossa manifestação, porque a maior massa do<br />

pensamento coletivo está contra nós e não a nosso favor. Mas quando se der aquela<br />

comoção social o povo será sacudido de sua atitude de ignorante, de antagonismo de<br />

cabeças­de­galinha contra nós, assim se abrindo imediatamente o caminho para uma<br />

demonstração mais completa do que a que até agora temos podido dar.<br />

“Agora é como um muro, contra o qual nos batemos e onde perdemos<br />

noventa por cento da nossa força de bater e de tentar descobrir um ponto fraco,<br />

nesse muro de ignorância, através do qual possamos ligar­nos a vós. Mas muitos de

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