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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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186 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

experiências de Slade em Leipzig. Ele teve o cuidado de eliminar o fato de que o<br />

maior ilusionista da Alemanha, após considerável investigação, deu um atestado de<br />

que os fenômenos de Slade não eram truques. Por outro lado, quando o testemunho<br />

de um mágico é contra a explicação espírita, como nos comentários de Kellar, esta<br />

vem na íntegra, aparentemente sem conhecimento de que no caso de um outro<br />

médium, Eglinton, esse mesmo Kellar havia declarado que os resultados estavam<br />

acima de sua arte.<br />

Na entrada do relatório diz a Comissão: “Sentimo­nos felizes por têr­nos<br />

contado, desde o início, com Mr. Thomas R. Hazard, amigo pessoal de Mr. Seybert,<br />

como conselheiro, desde que é muito conhecido na região como um espírita<br />

convicto”. Evidentemente Mr. Hazard conhecia a importância de garantir as<br />

condições adequadas e o exato tipo de assistentes para um trabalho experimental<br />

como aquele. Descrevendo uma entrevista com Mr. Seybert, poucos dias antes de<br />

sua morte, quando aceitou ser seu representante, diz Mr. Hazard que o fez apenas<br />

“com inteira e clara compreensão de que me fosse permitido indicar os métodos a<br />

seguir na investigação, designar os médiuns que deveriam ser consultados e recusar<br />

a presença de pessoas que julgasse em conflito com a harmonia e a boa ordem dos<br />

grupos espíritas”. Mas esse representante de Mr. Seybert parece que ficou<br />

inteiramente esquecido pela Universidade. Depois de haver a Comissão realizado<br />

algumas sessões, Mr. Hazard ficou descontente com alguns de seus membros e com<br />

os seus métodos. Encontramo­lo publicando o que se segue em Filadélfia no North<br />

American de 18 de maio de 1885, possivelmente depois de vãos contactos com os<br />

diretores da Universidade:<br />

“Sem querer atingir, no mínimo que seja, o inatacável caráter moral de<br />

cada um dos membros da Faculdade, inclusive a Comissão na estima pública ou no<br />

alto padrão social e literário que eles ocupam na sociedade, devo dizer que, com<br />

uma estranha convicção, um julgamento vesgo ou uma perversão intelectual as<br />

Autoridades da Universidade colocaram na Comissão de Investigação do<br />

Espiritismo uma maioria de membros cuja educação, hábitos mentais e<br />

preconceitos os inabilitam singularmente para uma investigação completa e<br />

imparcial do assunto que as Autoridades Universitárias por uma questão legal e<br />

por uma questão de honra, são obrigadas a fazer; que o objetivo foi diminuir,<br />

desacreditar e atrair o despreso e a animadiversão geral para a causa que eu sei<br />

que o finado Henry Seybert tinha no coração e amava acima de qualquer coisa no<br />

mundo. As Autoridades dificilmente poderiam escolher instrumentos mais<br />

adequados para o seu objetivo, entre os cidadãos de Filadélfia do que os<br />

cavalheiros que constituem a maioria da Comissão Seybert. E isto eu repito, não<br />

por motivos que lhes afete o padrão moral, social ou literário na sociedade, mas<br />

simplesmente devido aos seus preconceitos contra a causa do Espiritismo.”<br />

Posteriormente avisou as Autoridades que deveriam ser excluídos da<br />

Comissão os senhores Fullerton, Thompson e Koenig. Mr. Hazard informou que,<br />

numa conferência feita a 3 de março de 1885, no Clube da Universidade de Harvard,<br />

o Professor Fullerton havia dito: “É possível que o meio pelo qual os médiuns<br />

contam a vida de uma pessoa seja o processo de transmissão de pensamento, pois<br />

cada um que tem noticia dessas coisas vai a um médium pensando exatamente<br />

naqueles pontos que o médium aborda. Quando alguém tem um resfriado, sente um<br />

zumbido nos ouvidos, e um louco, constantemente, ouve sons que jamais ouvira.

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