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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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259 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

invisíveis e faz importantes comparações entre os resultados obtidos por diferentes<br />

médiuns fotógrafos.<br />

As “valiosas e conclusivas experiências” de Mr. John Beattie, segundo a<br />

expressão do Doutor Alfred Russel Wallace, só rápidamente serão tratadas. Mr.<br />

Beattie, de Clifton, Bristol, fotógrafo aposentado de vinte anos de atividade, teve<br />

dúvidas sobre a autenticidade de muitas fotografias de Espíritos que lhe foram<br />

mostradas, pelo que resolveu ele próprio examinar o assunto. Sem nenhum médium<br />

profissional, mas em presença de um amigo íntimo, que era um sensitivo de transe,<br />

ele e o seu amigo Doutor G. S. Thomson, de Edimburgo, realizaram uma série de<br />

experiências em 1872 e obtiveram, inicialmente, manchas nas chapas e, depois,<br />

completas figuras extras. Verificaram que esses extras e as manchas na chapa<br />

apareciam muito antes que o assistente material, durante a revelação —<br />

peculiaridade frequentemente notada por outros experimentadores. A honestidade de<br />

Mr. Beattie é absolutamente endossada pelo redator do British Journal of<br />

Photography. Mr. Stainton Moses 161 e outros dão detalhes das experiências acima<br />

referidas.<br />

Em 1908 o Daily Mau, de Londres, nomeou uma comissão para fazer “um<br />

inquérito sobre a autenticidade ou não das chamadas fotografias de Espíritos”, que<br />

não chegou a qualquer resultado. Era composta de três não espíritas — R. Child<br />

Bayley, F. J. Mortimer e E. Sanger­Shepsherd e três defensores da fotografia espírita<br />

— A. P. Sinnett, E. R. Serocold Skeels e Robert King.<br />

No relatório destes três últimos contavam que apenas podem relatar que a<br />

comissão falhou na obtenção de provas de que é possível a fotografia espírita, não<br />

devido á falta de provas abundantes no particular, mas devido à atitude infeliz e nada<br />

prática tomada pelos outros membros da comissão, que não possuíam qualquer<br />

experiência do assunto.<br />

Detalhes sobre a Comissão podem ser encontrados em Light 162 .<br />

Nos últimos anos a história das fotografias de Espíritos concentrou­se<br />

muito em torno do que é conhecido por Crewe Cirde, agora constituído por Mr.<br />

William Ilope e Mrs. Buxton, ambos de Crewe. O grupo se constituiu mais ou<br />

menos em 1905, mas só atraiu a atenção em 1908. Descrevendo suas primeiras<br />

experiências, Mr. Hope diz que, quando trabalhava numa fábrica perto de<br />

Manchester, num sábado à tarde fez uma fotografia de um operário, numa pôse junto<br />

a um muro de tijolos. Quando a chapa foi revelada via­se, além do retrato de seu<br />

amigo, a forma de uma mulher ao seu lado, vendo­se o muro por transparência. O<br />

homem perguntou a Hope como tinha ele posto ali o outro retrato, no qual<br />

reconhecia uma irmã falecida havia alguns anos. Diz Mr. Hope: “Então eu nada<br />

sabia a respeito de Espiritismo. Levamos a fotografia aos trabalhadores na<br />

segunda­feira, e um deles, espírita, disse que era o que se chamava uma fotografia<br />

de Espírito. Sugeriu que no sábado seguinte, no mesmo lugar e com a mesma<br />

máquina, tentássemos novamente. Concordamos. E não só a mesma senhora<br />

apareceu na chapa, mas uma criancinha com ela. Achei isto muito estranho, fiquei<br />

interessado e continuei as experiências.”<br />

161<br />

Idem, Volume 8º (1874), página 300 e seguintes.<br />

162<br />

1908, página 526 e 1909, páginas 290, 307, 329.

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