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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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188 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

tida como valiosa, não a endosse. Os Espíritos sabiam com que elementos se iam<br />

encontrar; esforçaram­se por afastar aqueles que reduziriam as suas experiências;<br />

falharam devido à ignorância, à teimosia e aos preconceitos da Comissão, e as<br />

experiências falharam. Assim a Comissão, muito ‘cônscia de si mesma’, decidiu que<br />

tudo era fraude.”<br />

Referindo­se ao relatório, diz Light 89 aquilo que se precisa dizer agora,<br />

tanto quanto em 1887:<br />

“Noticiamos com alguma satisfação, con quanto sem qualquer admiração<br />

pelo que possa resultar do prosseguimento de maus métodos de investigação, que a<br />

Comissão pretende comtinuar o seu inquérito ‘com a mente tão sincera e<br />

honestamente aberta, como até aqui, para a convicção’. Desde que assim é,<br />

permitimo­nos oferecer algumas palavras de conselho baseadas numa larga<br />

experiência. A investigação desses obscuros fenômenos é conduzida com<br />

dificuldades e toda instrução que possa ser dada se deriva de um conhecimento que<br />

é, principalmente, empírico. Sabemos, porém, que prolongadas e pacientes<br />

experiências com um grupo constituído adequadamente são uma condição<br />

sineqüanon. Sabemos que nem tudo depende do médium, mas que o círculo deve ser<br />

formado e variado experimentalmente de vez em quando, até que os próprios<br />

constituintes sejam garantidos. Não podemos dizer o que sejam esses elementos na<br />

Comissão Seybert. Eles devem descobri­lo por si mesmos. Que estudem a literatura<br />

espírita e as variadas características da mediunidade antes de fazerem experiências<br />

pessoais. E quando o tiverem Jeito e, talvez, quando tiverem verificado como assim<br />

é fácil conduzir um exame dessa natureza, para chegar a resultados negativos,<br />

estarão numa posição melhor para devotarem um cuidado paciente e inteligente a<br />

um estudo que não pode ser conduzido com proveito de outra maneira.”<br />

Não há dúvida de que o relatório da Comissão Seybert atrasou por algum<br />

tempo a causa da verdade psíquica. Mas o prejuízo real caiu também sobre a<br />

instituição científica que aqueles cavalheiros representavam. Nos dias atuais, quando<br />

o ectoplasma, a base física dos fenômenos psíquicos, foi estabelecido acima de<br />

qualquer sombra de dúvida para quem quer que examine os fatos, é demasiado tarde<br />

para pretender que nada existe a ser examinado.<br />

Agora rara é a capital que não possui a sua sociedade de Pesquisas<br />

Psíquicas — resposta final à conclusão da Comissão de que não há campo para<br />

pesquisas. Se a Comissão Seybert tivesse tido o efeito de levar a Universidade de<br />

Pensilvânia a encabeçar esse movimento, inspirando­se na grande tradição do<br />

Professor Hare, como seria brilhante a sua posição final!<br />

Como Newton associou Cambridge com a lei da gravitação, assim<br />

Pensilvânia ter­se­ia ligado a um maior avanço do conhecimento humano. A vários<br />

centros científicos da Europa coube partilhar essa honra.<br />

A restante investigação coletiva é de menor importância, desde que se<br />

dedica a um médium particular. Esta foi conduzida pelo Instituto Geral Psicológico,<br />

em Paris. Consistiu em três séries de sessões com a famosa Eusapia Palladino, nos<br />

anos de 1905, 1906 e 1907, num total de quarenta e três sessões. Não são conhecidas<br />

as listas com os nomes de todos os assistentes, nem houve um adequado relatório<br />

geral: o único registro é o do secretário.<br />

89 1887, página 391.

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