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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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210 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

depois de lavadas, um fragmento de lápis para ardósia era colocado em cima desta e<br />

que esta era colocada debaixo do tampo da mesa, fazendo­se pressão contra o<br />

mesmo; que a ardósia era segurada pelo médium, mas de modo que o seu polegar<br />

fosse visível na parte superior do tampo. Então o som da escrita era ouvido e, a um<br />

sinal consistente de três batidas, a lousa era examinada, verificando­se que continha<br />

uma mensagem. Do mesmo modo duas lousas do mesmo tamanho eram usadas,<br />

superpostas e amarradas, como também se usavam as lousas­caixas, às quais se<br />

ligavam cadeados com chave. Em muitas ocasiões foram obtidas escritas numa<br />

única lousa posta em cima da mesa, com um lápis em cima da mesa, mas debaixo da<br />

ardósia.<br />

Mr. Gladstone fez uma sessão com Eglinton a 29 de outubro de 1884, e<br />

mostrou­se muito interessado pelo que aconteceu. Quando Light publicou um relato<br />

dessa sessão, foi transcrito na maioria dos jornais de importância no país e o<br />

movimento ganhou consideràvelmente com essa publicidade. Consta que ao<br />

terminar a sessão Mr. Gladstone teria dito: “Sempre pensei que os homens de<br />

ciência correm muito por uma trilha. Fazem um trabalho nobilitante na sua própria<br />

linha especial de pesquisa, mas, muito frequentemente se sentem sem disposição<br />

para um pouco de atenção a assuntos que aparentemente estão em conflito com a<br />

sua maneira de pensar. Na verdade não é raro que tentem negar coisas que jamais<br />

investigaram, pois não meditam bastante que possa haver forças de cuja natureza<br />

eles nada sabem”. Pouco depois, Mr. Gladstone, posto que jamais se tivesse<br />

confessado espírita, mostrou um firme interesse no assunto, ao se associar à Society<br />

for Psychical Research.<br />

Eglinton não se subtraiu aos ataques costumeiros. Em junho de 1886 Mrs.<br />

Sidgwick, esposa do Professor Sidgwick, de Cambridge, sócia fundadora da Society<br />

for Psychical Research (SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH), publicou um<br />

artigo no Jornal dessa sociedade, sob o título de “Mr. Eglinton” 108 , no qual, depois<br />

de transcrever descrições feitas por outros, relativas a mais de quarenta sessões para<br />

escrita na ardósia com esse médium, diz: “Para mim, agora não hesito em atribuir<br />

tais realizações a truques hóbeis”. Ela não tinha qualquer experiência pessoal com<br />

Eglinton, mas baseou a sua opinião na impossibilidade de manter uma observação<br />

contínua durante as manifestações. Pelas colunas de Light 109 Eglinton convidou<br />

testemunhas que estavam convictas da legitimidade de sua mediunidade e,<br />

posteriormente, num suplemento especial, o mesmo jornal deu a resposta de muitos,<br />

dos quais um bom número, composto de membros ou sócios da SOCIETY FOR<br />

PSYCHICAL RESEARCH O Doutor George Herschell, provecto mago amador,<br />

com uma experiência de catorze anos, deu uma das mais convincentes respostas a<br />

Mrs. Sidgwick.<br />

Também a Society for Psychical Research publicou relatos minuciosos dos<br />

resultados obtidos por Mr. J. S. Davey, que declarava conseguir tais resultados pela<br />

fraude e resultados ainda mais maravilhosos do que os de Eglinton quanto à escrita<br />

na ardósia 110 .<br />

108 Junho de 1886, páginas 282­324.<br />

109 1886, página 309.<br />

110 SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH Proceedings, Volume 4º, páginas 416 e 487.

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