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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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258 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

Com essa comissão não foram obtidos os extras. Antes, em 1899, outra<br />

comissão havia submetido o médium a testes rigorosos e quatro chapas em oito<br />

“mostraram resultados que a comissão foi incapaz de explicar.” Depois de<br />

minucioso relato das precauções tomadas, conclui o relatório:<br />

“Como comissão não temos uma teoria: apenas testemunhamos ‘aquilo<br />

que sabemos’. Individualmente discordamos quanto às causas prováveis, mas sem<br />

prevenção concordamos no que respeita aos fatos prováveis... Daremos vinte e<br />

cinco dólares a qualquer fotógrafo de Los Angeles que, por meio de truque ou de<br />

habilidade, produzir resultados semelhantes, em condições similares.”<br />

(assinado)<br />

Julian Mc Crae, P. C. Campbell, I. W. Mackie, W. N. Slocum, John Henley.<br />

David Duguid (nasceu em 1832 e morreu em 1907), conhecido médium de<br />

escrita automática e de pintura, foi beneficiado por uma cuidadosa investigação<br />

sobre as suas fotografias de Espíritos, por Mr. J. Traiu Taylor, redator do British<br />

Journal of Photography, o qual numa conferência lida perante a London and<br />

Provincial Photographic Association em 9 de março de 1893, descreveu as recentes<br />

pesquisas com esse médium. Diz ele: “Minhas condições eram muito simples...<br />

Admitindo tratar com trapaceiros e para me guardar contra eles, exigi que fosse<br />

usada a minha própria máquina e caixas de chapas compradas em casas de<br />

confiança, não permitindo que tais chapas saissem de minhas mãos enquanto não<br />

fossem reveladas, caso não resolvesse o contrário. Mas, assim como eu os tinha em<br />

suspeita, eles suspeitavam de mim. De modo que todos os atos que eu praticasse<br />

deviam sê­lo em presença de duas testemunhas, isto é, que eu devia marcar o tempo<br />

na minha própria máquina, obter, por assim dizer, uma duplicata com o mesmo foco<br />

— por outras palavras, usar uma binocular estereoscó pica e ditar todas as<br />

condições da operação.”<br />

Depois. de entrar em detalhes quanto ao processo adotado, registra o<br />

aparecimento de figuras extras nas chapas e continua: “Alguns estavam em foco,<br />

outras não; umas eram iluminadas pela direita, enquanto o assistente recebia a luz<br />

pela esquerda... algumas ocupavam a maior parte da chapa, quase que cobrindo o<br />

assistente material; outras eram como retratos em vinhetas horrorosas, ou em ovais<br />

como que cortados com um abridor de latas e pregadas por detrás do assistente.<br />

Mas aqui é que bate o ponto: nenhuma só dessas figuras que apareciam tão<br />

fortemente nos negativos era de qualquer modo visível para mim durante o tempo<br />

de exposição da máquina e eu declaro peremptoriamente que ninguém manipulou<br />

uma chapa antes que ela fosse posta no caixilho ou antes que fosse revelada. Do<br />

ponto de vista fotográfico eram de mau gosto. Mas como apareceram?”<br />

Outros assistentes bem conhecidos descreveram resultados, notáveis<br />

obtidos com Duguid 159 .<br />

Mr. Stainton Moses, na conclusão de seu valioso trabalho sobre a<br />

Fotografia de Espíritos 160 , discute a teoria de que as formas extras fotografadas são<br />

moldadas de ectoplasma (ele fala de uma “substância fluídica”) pelos operadores<br />

159 James Coates, “Photographing the Invisible” (1921) e Andrew Glendinning. “The Veil Lifted”<br />

(1894)<br />

160 “Human Nature”, Volumes 7º e 9º, 1874 e 1875.

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