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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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49 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

Muitas pessoas que caem em estado cataléptico, ou que estiveram tão<br />

doentes que chegaram ao estado de coma, trouxeram impressões muito concordes<br />

com a descrição de Davis, posto que outras tivessem voltado com o cérebro<br />

inteiramente vazio. Quando em Cincinnati, em 1923, o autor esteve em contacto<br />

com uma tal Mrs. Monk, que tinha sido, pelos médicos, dada como morta, e que<br />

durante cerca de uma hora havia experimentado a vida postmortem, antes que um<br />

capricho da sorte a devolvesse àvida, ela escreveu um pequeno relato de sua<br />

experiência, no qual recorda uma vívida lembrança de ter saído do quarto,<br />

exatamente como descreve Davis, e do fio prateado que continuava unindo sua alma<br />

viva a seu corpo comatoso. Um notável caso foi publicado na revista Light, de 25 de<br />

março de 1922, no qual cinco filhas de uma senhora agonizante, todas clarividentes,<br />

viram e descreveram o processo da morte de sua mãe. Aqui também a descrição do<br />

processo era muito semelhante àquele descrito, posto haja algumas diferenças<br />

bastantes entre este último e outros casos para sugerir que a seqüência dos<br />

acontecimentos nem sempre é regida pelas mesmas leis. Outra variante de extremo<br />

interesse encontra­se num desenho feito por uma criança médium, que pinta a alma<br />

deixando o corpo e é descrito no trabalho de Mrs. De Morgan, “Da Matéria ao<br />

Espírito”, página 121. Este livro, com suas oitenta páginas de prefácio pelo célebre<br />

matemático, Professor De Morgan, é um dos trabalhos de pioneiro do movimento<br />

espírita na Grã­Bretanha. Quando se pensa que foi publicado em 1863, sente­se um<br />

peso no coração pelo sucesso daquelas forças de obstrução, tão fortemente refletidas<br />

na imprensa, que tem conseguido durante tantos anos colocar­se entre a mensagem<br />

de Deus e a raça humana.<br />

A força profética de Davis apenas pode ser desconhecida pelos cépticos que<br />

ignoram os fatos. Antes de 1856 profetizou detalhadamente o aparecimento do<br />

automóvel e da máquina de escrever. Em seu livro “Penetralia” lê­se o seguinte:<br />

“Pergunta: Poderá o utilitarismo lazer descobertas em outra direção da<br />

locomoção?” — “Sim: buscam­se nestes dias carros e transportes coletivos que<br />

correrão por estradas rurais — sem cavalos, sem vapor, sem qualquer força natural<br />

visível — movendo­se com alta velocidade e com muito mais segurança do que<br />

atualmente. Os veículos serão acionados por uma estranha, bonita e simples<br />

mistura de gases aquosos e atmosféricos — tão facilmente condensados, tão<br />

simplesmente inflamados e tão ligados à máquina, que de certo modo se assemelha<br />

às nossas, que ficarão ocultos e serão manejados entre as rodas da frente. Tais<br />

veículos aqui terão muitos embaraços atualmente experimentados pela gente que<br />

vive em regiões pouco povoadas. O primeiro requisito para essas locomotivas de<br />

chão serão boas estradas, nas quais, com a sua máquina, sem cavalos, a gente pode<br />

viajar com muita rapidezembro Esses carros me parecem de construção pouco<br />

complicada”.<br />

A seguir perguntaram:<br />

— “Percebe algum plano que permita acelerar a maneira de escrever?”<br />

— “Sim. Quase me sinto inclinado a inventar um psicógrafo automático,<br />

isto é, uma alma escritora artificial. Pode ser construída assim como um piano, com<br />

uma série de teclas, cada uma para um som elementar; um teclado mais baixo para<br />

fazer uma combinação e um terceiro para uma rápida recombinação. Assim, em vez<br />

de se tocar uma peça de música, pode­se escrever um sermão ou um poema. Do

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