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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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309 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

uma história, dizendo como os arqueiros ingleses do campo de Agincourt tinham<br />

interferido durante a terrível retirada de Mons. Mas confessou depois que havia<br />

inventado o incidente. Mas aqui, como tantas vezes antes, a verdade provou que a<br />

ficção era um fato, ou pelo menos que fatos da mesma ordem eram contados por<br />

muitas testemunhas fidedignas. Mr. Harold Begbie publicou um livrinho, “On the<br />

Side of the Angels”, dando muitas provas e Mr. Ralph Shirley, editor da Occult<br />

Review, de Londres, o seguiu com “The Angel Warriors at Mons”, reforçando o<br />

testemunho de Mr. Begbie.<br />

Respondendo a Mr. Machen no jornal Londrino Evening News, de 14 de<br />

setembro de 1915, um oficial britânico diz que estava lutando em Le Cateau, a 26 de<br />

agosto de 1914, e que sua divisão se retirava e marchava durante a noite de 26 e<br />

durante o dia 27. E diz: “Na noite de 27 eu cavalgava ao lado da coluna, com dois<br />

outros oficiais. Tinha estado falando e fazendo o possível para não dormir montado.<br />

Enquanto marchávamos, tive consciência de um fato: no bosque, de ambos os lados<br />

da estrada, por onde marchávamos, eu via um grande corpo de cavaleiros. Esses<br />

cavalarianos tinham a aparência de esquadrões de cavalaria e pareciam andar<br />

dentro do bosque, na mesma direção que nós e se mantendo em linha conosco. A<br />

noite não era muito escura e imaginei que via muito distintamente os cavalarianos.<br />

A princípio não disse uma palavra, mas os observei durante uns vinte minutos. Os<br />

outros dois oficiais tinham parado de falar. Por fim um deles me perguntou se eu<br />

havia visto alguma coisa no bosque. Então lhe disse o que tinha visto. O terceiro<br />

oficial também confessou que tinha observado aqueles homens nos últimos vinte<br />

minutos. Tão convencidos estávamos de que eram realmente cavalarianos que na<br />

parada seguinte um dos oficiais tomou uma patrulha de reconhecimento e lá não<br />

encontrou ninguém. Então a noite se tornou mais escura e nada mais vi. O mesmo<br />

fenômeno foi observado por muitos homens da coluna. Aliás, nós estávamos<br />

cansadíssimos e sobrecarregados, mas é uma coisa extraordinária que o mesmo<br />

fenômeno tivesse sido observado por tanta gente. Eu mesmo estou absolutamente<br />

convencido que vi esses cavalarianos; tenho certeza de que não existem apenas na<br />

minha imaginação. Não tento explicar o mistério —apenas verifico os fatos.”<br />

A prova parece boa e ainda se deve admitir que no esforço e na tensão da<br />

grande retirada a mente dos homens não estava nas melhores condições para<br />

suportar provas. Por outro lado é nesses momentos de dificuldades que as forças<br />

psíquicas do homem geralmente estão mais ativas.<br />

Um profundo aspecto da Guerra Mundial está envolvido na consideração de<br />

que a guerra na Terra é apenas um aspecto das batalhas invisíveis em planos mais<br />

altos onde se chocam os poderes do Bem e do Mal. O finado A. S. Sinnett, eminente<br />

teosofista, aborda essa questão num artigo sob o título de “Super­Physical Aspects<br />

of the War” 223 .<br />

Não podemos aqui entrar no assunto, salvo para dizer que há provas de<br />

muitas fontes a indicar que Mr. Sinnet fala de coisas que se baseiam em fatos.<br />

Um considerável número de livros e um muito maior de manuscritos<br />

registram as supostas experiências dos que morreram na guerra, que, aliás, não<br />

223 “The Occult Revew”, Dezembro 1914, página 346.

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