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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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294 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

o melhor não pode ser a última palavra: deve ser muitas vezes emendado, como no<br />

caso de Stainton Moses, quando atingiu o Outro Lado. Aquele grande mestre<br />

admitiu, através de Mrs. Piper, que havia pontos sobre os quais ele tinha sido mal<br />

informado.<br />

Os médiuns mencionados foram escolhidos como tipos de suas várias<br />

classes, mas há muitos outros que mereceriam um registro minucioso, se houvesse<br />

espaço. O autor fez diversas sessões com Sloan e com Phoenix, de Glasgow, ambos<br />

com notáveis poderes, que cobrem quase toda a escala dos dons espirituais e são, ou<br />

foram, homens de fora do mundo, com uma santa despreocupação pelas coisas desta<br />

vida. Mrs. Falconer, de Edimburgo, é também uma médium de transe de força<br />

considerável. Da geração anterior o autor experimentou a mediunidade de Husk e de<br />

Craddock, os quais tiveram horas intensas e horas de fraqueza. Mrs. Susanna Harris<br />

também deu boas provas no setor físico, bem como Mrs. Wagner, de Los Angeles,<br />

enquanto entre os amadores John Ticknor, de Nova Iorque, e Mr. Nugent, de<br />

Belfast, estão nos primeiros vôos do transe mediúnico.<br />

Em conexão com John Ticknor o autor pode citar uma experiência feita e<br />

referida nos “Proceedings” da American Society for Psychical Research, um<br />

organismo que no passado foi dirigido quase que por opositores, como o seu parente<br />

da Inglaterra. Neste exemplo, o autor fez um registro cuidadoso da pulsação, quando<br />

Mr. Tickenor estava em estado normal, quando manifestava o Coronel Lee, um de<br />

seus guias espirituais, e quando se achava sob a influência de “Black Hawk” 204 um<br />

guia pele­vermelha. Os valores eram, respectivamente 82, 100 e 118.<br />

Mrs. Roherts Johnson é outra médium de resultados desiguais, mas que nas<br />

melhores condições tem um admirável poder de Voz Direta. O elemento religioso<br />

está ausente de suas sessões e a mocidade alegre do Norte que se manifesta cria uma<br />

atmosfera que diverte os assistentes, mas que choca aqueles que vêm às sessões com<br />

sentimentos solenes. A profunda voz escocêsa do guia de Glasgow, David Duguid,<br />

que em vida fora um médium famoso, está isenta de imitação pela garganta de uma<br />

mulher; e as suas observações são cheias de dignidade e de sabedoria. O Reverendo<br />

Doutor Lamond assegurou­me que Duguid, numa dessas sessões, lhe havia<br />

lembrado um acidente que entre ambos ocorrera em vida — o que é prova suficiente<br />

da realidade da individualidade.<br />

Não existe fase mais dramática e curiosa do fenômeno psíquico do que o<br />

transporte. É tão surpreendente que é difícil convencer a um céptico quanto à sua<br />

possibilidade e mesmo os Espíritas dificilmente acreditam nele até que lhes venham<br />

as provas. O primeiro contacto do autor com o conhecimento oculto foi em grande<br />

parte devido ao finado General Drayson que, naquele tempo — vai para quarenta<br />

anos — recebia, através de um médium, uma grande quantidade de transportes<br />

muito curiosos — lâmpadas hindus, amuletos, frutas frescas e outros objetos.<br />

Fenômeno tão interessante e tão fácil de simular, era muito para um principiante e<br />

retardou o progresso em vez de o acelerar. Contudo, desde então o autor encontrou o<br />

editor de conhecido jornal, que usou o mesmo médium, depois da morte do General<br />

Drayson e continuou, sob rígidas condições, a receber semelhantes transportes.<br />

204 “Gavião Preto” — N. do T.

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