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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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122 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

“Mr. Home atravessou a mesa, passando por cima das cabeças das pessoas<br />

sentadas em sua volta”. E acrescenta: “Alcancei a sua mão a sete pés do solo e dei<br />

cinco ou seis passos enquanto ele flutuava no espaço, acima de mim.” Em 1861<br />

Mrs. Parkes, de Cornwald Terrace, Regent’s Park, conta como se achava presente,<br />

com Bulwer Lytton e Mr. Hall, quando Home, em sua própria sala de visitas, foi<br />

levantado até que a mão chegou ao alto da porta e então flutuou horizontalmente.<br />

Em 1866 Mr. e Mis. Hall, Lady Dunsany e Mrs. Scnior, em casa de Mr. Hall, viram<br />

Home, com o rosto transfigurado e brilhante, erguer­se duas vezes até o teto e deixar<br />

uma cruz, feita com lápis, na segunda levitação, de modo a assegurar às testemunhas<br />

que não eram vítimas de sua própria imaginação.<br />

Em 1868 Lord Adare, Lord Lindsay, o Capitão Wynne e Mr. Smith Barry<br />

viram Home levitado várias vezes. Uma descrição minuciosa foi deixada pela<br />

primeira daquelas testemunhas da ocorrência de 16 de dezembro daquele ano 40 ,<br />

quando em Ashley House, em estado de transe, Home flutuou do quarto para a sala<br />

de estar, passando pela janela, a setenta pés acima da rua. Depois de chegar à sala,<br />

voltou para o quarto com Lord Adare e, depois que este observou que não<br />

compreendia como Home poderia ter passado pela janela, apenas parcialmente<br />

levantada, “ele me disse que se afastasse um pouco. Então passou pelo espaço<br />

aberto, primeiro a cabeça, muito rapidamente, estando o seu corpo aparentemente<br />

rígido e quase na horizontal. Voltou novamente, com os pés para a frente”. Tal a<br />

informação dada por Lord Adare e Lord Lindsay. Diante de sua publicação, o<br />

Doutor Carpenter, que gozava de uma reputação nada invejável por uma perversa<br />

oposição a tudo quanto se relacionava com este assunto, escreveu exultante<br />

indicando que havia uma terceira testemunha que não tinha sido ouvida, admitindo<br />

sem o menor fundamento que o depoimento do Capitão Wynne seria em sentido<br />

contrário. Por fim disse que “um simples céptico honesto declara que Mr. Home<br />

esteve sentado todo o tempo em sua cadeira” afirmação que apenas pode ser tomada<br />

como falsa.<br />

Então o Capitão Wynne escreveu corroborando os outros depoimentos e<br />

acrescentando: “Se o senhor não acredita na prova corroborante de três<br />

testemunhas insuspeitas, então será o fim de toda a justiça e das cortes da lei”.<br />

Para ver quanto a crítica procurou uma saída para escapar ao inevitável,<br />

basta dizer que ela se agarrou ao que Lord Lindsay escreveu algum tempo depois,<br />

dizendo que a coisa tinha sido Vista à luz da Lua. Entretanto o calendário mostra<br />

que naquele dia a Lua era invisível.<br />

Observa Mr. Andrew Lang: “Entretanto, mesmo com cerração, a gente<br />

numa sala pode ver um homem entrar por uma janela e sair novamente, com a<br />

cabeça para a frente, com o corpo rígido” 41 .<br />

A todos nós parece que se víssemos uma coisa tão maravilhosa, não nos<br />

preocuparíamos em determinar se a víamos à luz da Lua ou de lâmpadas da rua.<br />

Contudo deve admitir­se que a descrição de Lord Lindsay é redigida grosseiramente<br />

— tão grosseiramente que a gente quase desculpa Mr. Joseph Mc Cabe, quando diz<br />

numa conferência que os observadores não olhavam a coisa diretamente e a sua<br />

40 O almanaque mostra que era domingo, dia 13.<br />

41 “Historical Myteries”, página 236.

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