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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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215 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

ao quarto ouviam­se as batidas. Em nossa última visita foi lembrado deixar uma<br />

folha de papel e um lápis na cama e, quando voltamos novamente, encontramos as<br />

iniciais de três amigos de Mr. S. M., todos mortos, e desconhecidos de quem quer<br />

que fosse na casa, exceto ele próprio. A cruz era perfeitamente simétrica e tinha<br />

sido feita num quarto fechado, onde ninguém poderia ter entrado e era, realmente,<br />

uma notável manifestação da força do Espírito”.<br />

Um desenho mostrando os vários objetos de toucador e sua disposição é<br />

dado à página 72 do livro de Arthur Lillie “Modern Mystics and Modern Magic” 114 .<br />

Outros exemplos são citados no apêndice.<br />

Em suas sessões com o Doutor Speer e senhora, muitas comunicações<br />

foram recebidas, dando provas de identidade de Espíritos, sob a forma de nomes,<br />

datas e lugares, desconhecidos dos presentes e verificados posteriormente. Diz­se<br />

que um grupo de Espíritos estava ligado à sua mediunidade. Por seu intermédio um<br />

corpo de doutrina foi comunicado por meio da escrita automática, começando a 30<br />

de março de 1873 e continuando até o ano de 1880. Uma seleção destes escritos<br />

constitui os “Ensinos Espiritistas”. Na sua Introdução diz Stainton Moses: “O tema<br />

central foi sempre de caráter puro e elevado, em grande parte de aplicação pessoal,<br />

visando minha própria direção e orientação. Posso dizer que através de todas essas<br />

comunicações escritas, que vão, ininterruptamente até 1880, não há leviandades,<br />

nem brincadeiras, não há vulgaridades nem incongruências, não há falsidades nem<br />

enganos, tanto quanto eu saiba ou tenha podido descobrir. Nada incompatível com<br />

o objetivo visado, sempre e sempre repetido, de instrução, de esclarecimento e de<br />

orientação por Espíritos escolhidos para essa tarefa. Julgados como eu mesmo<br />

desejo ser julgado, eles foram o que desejavam ser. Suas palavras eram de<br />

sinceridade e de objetivos sóbrios e sérios".<br />

Um relato minucioso das pessoas que se comunicaram, muitas das quais<br />

tinham nomes importantes, se acha no livro de Mr. A. W. Trethewy “The Controls<br />

of Stainton Moses” (1923) 115 .<br />

Stainton Moses contribuiu para a formação da Society for Psychical<br />

Research em 1882, mas se demitiu em 1886, desgostoso com a maneira por que foi<br />

tratado o médium William Eglinton. Foi o primeiro presidente da London<br />

Spiritualist Alliance, formada em 1884, posição que ocupou até à morte. Além das<br />

obras “Spirit Identity” (1879); “Higer Aspects of Spiritualism” (1880);<br />

“Psycography” 2ª ed. (1882) ; e “Spirit Teachings” (1883) 116 , contribuiu<br />

frequentemente para a imprensa espírita, bem como para o Saturday Review, para o<br />

Punch e vários outros jornais de valor.<br />

Um magistral resumo de sua mediunidade foi escrito por Mr. F. W. H.<br />

Myers 117 e publicado pela Society for Psychical Research. Na notícia de sua morte<br />

disse Mr. Myers: “Eu pessoalmente considero a sua vida como uma das mais<br />

notáveis de nossa geração e de poucos homens ouvi, em primeira mão, fatos mais<br />

notáveis do que os que dele ouvi.”<br />

114 "Mística moderna e Magia moderna". ­ N. do T.<br />

115 "Os Guias de Stainton Moses" ­ N. do T.<br />

116 “identidade dos Espíritos” (1879); “Aspectos mais elevados do Espiritismo” (1880); “Psicografia” (2ª<br />

ed. 1882); e “Ensinos Espiritistas” 1883. — N. do T.<br />

117 Volume 9º, páginas 245 e 353 e Volume 11º, páginas 24 e 113.

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